Prefeitura: “Não tem dinheiro, Não dá pra fazer”

Buracos estão por toda parte nas ruas de Manaus.

Falida, a prefeitura de Manaus deve atrasar salários até o final do ano. Entre a falta de dinheiro e o desaparelhamento do município, está a saída de dois fortes secretários. Essa é a informação que circula pelos corredores das secretarias municipais, principalmente, nas maiores, as que de uma maneira ou de outra, tem maior reflexo na administração do município.


Começa pelo abastecimento de combustível para a frota da prefeitura. Antes ilimitado, dependendo da necessidade, hoje, são dois abastecimentos por semana e, no máximo 15 litros por carro. Buracos? Eles estão por toda a cidade, alguns virando verdadeiras crateras.

Os buracos estão por toda parte nas ruas de Manaus. Foto: divulgação

O asfalto só está sendo liberado para operação tapa-buraco, nas principais avenidas e mesmo assim, sob a pressão de moradores e comerciantes. Inclusive, há informação de que o secretário da Secretaria Municipal de Infraestrutura de Manaus (Seminf), Cel. Alexandre Marinho de Morais estaria demissionário. “Ele está de férias, mas quando voltar entrega o cargo”, disse a fonte.

Quem também está sofrendo a forte escassez de recursos da Prefeitura, são as famílias que dependem do SOS Funeral. A prefeitura mantinha o serviço com até 300 funerais por mês. Agora, com queda de 75% a 80% de autorizações emitidas às funerárias, o máximo que o SOS Funeral autoriza, são 20 sepultamentos por mês.

Mais sofridos ainda, são os usuários dos transportes urbanos. Depois do aumento da tarifa para R$ 3,80, todos os dias se vê, em todas a linhas, ônibus em pane mecânica com passageiros sendo obrigados a se espremerem no próximo que passa, já lotado. De nada adiantou os argumentos do prefeito de que o reajuste traria uma nova frota.

No ritmo que vai, as obras do desabamento da Rua Loris Cordovil, devem terminar em dezembro.

O que falam nos bastidores é que os principais articuladores políticos do prefeito Arthur Neto (PSDB) estão querendo abandonar o barco. Um deles, o secretário da Saúde, Homero de Miranda Leão. Ninguém está suportando a falta de resposta e o distanciamento do chefe do executivo, muito menos a recusa dos fornecedores em atender os pedidos.

Arthur está “viajando” a cinco meses. A princípio, para fazer tratamento de saúde. A primeira intervenção médica no prefeito, foi para colocar dois cateter. Depois para desintoxicação, em seguida para tratamento de câncer de próstata, e na sequência, mais intervenções médicas e cirúrgicas e, mais licença. Na verdade, só a família deve saber qual é o problema do prefeito.

Ou seja, da posse até os dias atuais, Arthur esteve governando por Whatsapp, dando ordem para o vice-prefeito Marco Rotta (PMDB), que tem limitações administrativas e de contatos para levantar recursos para o município. Mesmo assim, Arthur ainda quer lançar o seu filho como vice-governador de uma chapa qualquer, ou candidato ao Senado no ano que vem.

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