Pressão internacional faz Trump anunciar ‘fim da guerra’ entre Israel e Irã em 06 horas

12 dias de sirenes e explosões em Tel Aviv, Israel, durante ataques do das forças militares do Irã - foto: recorte
Depois dos ataques as bases militares dos EUA ao Catar, em retaliação dos iranianos, o presidente dos EUA diz que acordo de cessar-fogo entrará em vigor dentro de 6 horas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que “foi acertado o cessar-fogo” completo e total no conflito entre Israel e Irã. As reações internacionais aos ataques americanos a três complexos militares iranianos variaram entre apoio, preocupação, cautela e críticas.
Ataque dos EUA, no entanto, mudou o curso do conflito. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que uma intervenção militar dos EUA causaria ‘danos irreparáveis’, e mudou. Trump sentiu a pressão dos países aliados e não aliados do Irã e, o medo da instalação de ogivas nucleres no território iranianao.
Recuo de Trup

“Oficialmente, o Irã iniciará o CESSAR-FOGO e, na 12ª hora, Israel iniciará o CESSAR-FOGO e, na 24ª hora, o FIM Oficial da GUERRA DE 12 DIAS será saudado pelo mundo. Durante cada CESSAR-FOGO, o outro lado permanecerá PACÍFICO e RESPEITOSO. Partindo do princípio de que tudo funcionará como deveria, o que funcionará”, diz o presidente dos Estados Unidos.


Israel sob fogo cruzado do Irã – foto: recorte

Na mensagem, Trump parabeniza os dois países por terem “resistência, coragem e inteligência” para chegar ao acordo após 12 dias de conflito.

“Esta é uma guerra que poderia ter durado anos e destruído todo o Oriente Médio, mas não destruiu e nunca destruirá! Deus abençoe Israel, Deus abençoe o Irã, Deus abençoe o Oriente Médio, Deus abençoe os Estados Unidos da América e DEUS ABENÇOE O MUNDO!”, encerra.

Irã contra-ataca

As Forças Armadas do Irã atacaram nesta segunda-feira (23) a base militar dos Estados Unidos (EUA) Al-Udeid, no Catar, país do Oriente Médio. O ataque foi a resposta do governo iraniano aos bombardeios dos EUA contra três instalações nucleares iranianas no sábado (21).

Segundo comunicado do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, o número de mísseis usados teria sido o mesmo número de bombas que os EUA usaram no ataque às instalações nucleares do Irã. O alvo ficava longe das instalações urbanas do Catar.

A Al Udeid é a maior base militar dos EUA no Oriente Médio, fundada em 1996. Estima-se que a base abrigue 10 mil funcionários, entre civis e militares.

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Rússia, China, Brasil, Cuba e Venezuela condenam ação dos EUA

Adversários dos EUA, os regimes de Rússia, e Cuba e Venezuela criticaram a intervenção militar americana no Irã.

A Rússia disse no domingo que “condena veementemente” os bombardeios dos EUA e chamou os ataques de “irresponsáveis” e uma “violação grosseira do direito internacional”.

A China também acusou os EUA de violar a lei internacional e pediu um cessar-fogo.

O governo do Brasil divulgou nota em que condena o ataque, classifica a ação de Israel e Estados Unidos de “violação da soberania do Irã e do direito internacional” e apela às partes para que exerçam a “máxima contenção”, exortando-as a buscar uma saída diplomática.

A Venezuela, por sua vez, condenou o que chamou de “agressão militar dos EUA contra o Irã” e exigiu a cessação imediata das hostilidades. “A República Bolivariana da Venezuela condena firme e categoricamente o bombardeio realizado pelos militares dos Estados Unidos, a pedido do Estado de Israel”, disse o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Yvan Gil.

“Condenamos veementemente o bombardeio dos EUA às instalações nucleares do Irã, que constitui uma perigosa escalada do conflito no Oriente Médio. A agressão viola seriamente a Carta da ONU e o direito internacional e mergulha a humanidade em uma crise com consequências irreversíveis”, disse, por sua vez, o líder do regime cubano, Miguel Diaz-Canel.

Membros da oposição nos EUA criticam Trump

Nos EUA, alguns membros da oposição democrata criticaram a iniciativa do republicano Trump, destacando que os ataques foram realizados sem o consentimento do Congresso.

A deputada Alexandria Ocasio-Cortez afirmou enxergar a decisão de Trump como uma “grave violação” da Constituição e “motivo para impeachment”.

“Por impulso, ele arrisca lançar uma guerra que pode nos prender por gerações”, escreveu a deputada no X.

Com Agência Brasil

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