Produção de pimentão e pimenta de cheiro cresce 83%, em Presidente Figueiredo/AM

Agricultor Edgar Rebelo cultiva o pimentão/Foto:
Agricultor Edgar Rebelo cultiva o pimentão/Foto:
         Agricultor Edgar Rebelo cultiva o pimentão/Foto: San Reis/Roberto Araújo

As culturas do pimentão e da pimenta de cheiro, em Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus, vem apresentando um crescimento de mais de 83% na estimativa de produção, se comparado aos últimos quatro anos.


Em 2012, por exemplo, o município tinha registrado uma área plantada com 18 hectares de pimentão que produzia cerca de 432 toneladas/ano. Hoje, a área plantada é de 33,2 hectares com uma estimativa de produção para 2016 de 1,9 mil toneladas/ano.

Esse aumento na produção é resultado do investimento do Governo do Amazonas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), em assistência técnica às famílias rurais, além do incentivo à adoção de novas tecnologias para otimizar a produção no campo.

De acordo com o diretor-presidente do Idam, Edimar Vizolli, a produção e a tecnologia devem caminhar sempre juntas, pois uma depende da outra para obter resultados positivos. “O investimento na plasticultura, como é o caso de Presidente Figueiredo, proporciona ao agricultor o controle de todo o processo de desenvolvimento dos ciclos produtivos das culturas”, destacou Vizolli.

Somente na comunidade Boa Esperança, cerca de 120 agricultores familiares trabalham com o cultivo do pimentão e de outras hortaliças. O agricultor Silvaldo Aparecido de Oliveira, de 39 anos, da Vicinal do Adelmo, km 1,5, trabalha há 6 anos com a atividade e já possui 30 casas de vegetação, que hoje produzem, individualmente, 500 quilos de pimentão. “Em 2015, tínhamos 25 casas de vegetação e com os projetos de financiamento elaborados pelo Idam, conseguimos construir mais cinco”, disse o agricultor, ao ressaltar que com 30 casas de vegetação a estimativa de produção para este ano, é de 75 toneladas.

Com uma visão empreendedora, seu Sivaldo também investiu no cultivo da pimenta do reino com uma plantação de 500 pés, que segundo ele, a cultura é muito valorizada no mercado, chegando a ser vendida em até R$ 45, o quilo. A colheita da produção está prevista para o próximo ano.

Alimentos saudáveis – O agricultor Edgar Bernardes Rebelo, de 53 anos, da Vicinal do Adelmo, km 2, utilizando o sistema de plasticultura já chegou a colher 773 quilos de pimentão de uma casa de vegetação. O diferencial é que ele está se adaptando ao sistema agroecológico, ou seja, está em fase de transição do cultivo tradicional para o agroecológico. “Temos que trabalhar com a agricultura não só pensando na gente, mas em quem vai consumir o produto. Iniciei a atividade e pretendo continuar trabalhando com a produção de alimentos saudáveis”, disse Edgar.

...e "seo" Edenildo de Souza, aposta na pimenta de cheiro/San Reis/Roberto Castro
   …e “seo” Edenildo de Souza, aposta na pimenta de cheiro/Foto: Roberto Araújo/San Reis

Já o agricultor Edenildo Souza, de 40 anos, da AM 240, km 39, comunidade Novo Horizonte, trabalha com o cultivo do pimentão e da pimenta de cheiro em uma área de 2 hectares, e recentemente foi contemplado com financiamento de um veículo por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que está sendo utilizado para o escoamento da produção.

“Observei que a pimenta de cheiro era uma boa cultura para se plantar, então foquei nela. Trabalhamos com um plantio para o verão e outro para o inverno. Colhemos cerca de mil quilos por semana de pimenta de cheiro, e hoje também sinto segurança na hora de escoar a produção. Com veículo próprio posso levar minha produção para Manaus a qualquer horário. Já cheguei a sair daqui até nove da noite”.

Assistência técnica – De acordo com a engenheira agrônoma e extensionista rural do Idam em Presidente Figueiredo, Genicia Masulo, a vantagem do agricultor plantar o pimentão em plasticultura (cultivo protegido) está exatamente no controle do ambiente, tanto em relação à chuva quanto a incidência solar. Essa prática proporciona maior produtividade e uma produção de qualidade.

Atividade – Em Presidente Figueiredo, mais de 250 agricultores cultivam a pimenta de cheiro e cerca de 307 trabalham com o pimentão em cultivo protegido. As duas culturas, juntas somam uma produção de 58 toneladas por semana, resultando em 233 toneladas/mês.

Os dois produtos são bastante utilizados como tempero na culinária, o que aumenta a demanda pelas hortaliças, além do retorno a curto prazo, considerando que o cultivo do pimentão e da pimenta de cheiro possui ciclo curto. Em média, agricultores iniciam a colheita do pimentão em até 90 dias após o plantio.

FOTOS: SAN REIS E ROBERTO ARAÚJO (GECOM/IDAM)

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