O presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Dr. Mario Vianna, após tomar conhecimento do pedido de asilo político ao Brasil e agora aos Estados Unidos, feito na terça-feira (04), pela integrante do Mais Médicos, a cubana Ramona Matos Rodriguez, declarou que a atitude da profissional era esperada pela classe médica, que questionou duramente o governo e alertou a população sobre a falta de planejamento, organização, legalidade e estrutura para o programa criado com o argumento de levar médicos para regiões onde há escassez e ausência de profissionais.
De acordo com o Dr. Mario Vianna dados levantados pelas entidades médicas apontam que os profissionais cubanos que aceitam trabalhar no Brasil ficam refém do regime Castrista, sistema político e econômico socialista implementado em Cuba por Fidel Castro, como é o caso de Ramona Rodriguez, que recebia por mês US$ 400 para viver no Brasil e outros US$ 600 seriam depositados em uma conta em Cuba.
“Dessa forma fica claro que a maior parte dos 10 mil reais pagos fica com o governo cubano, caracterizando uma exploração do trabalho humano com a concordância e intermediação criminosa da OPAS e do governo brasileiro, ambos atualmente aparelhados pelos bolivarianos”, disse.
O presidente do Simeam entende que no Brasil a forma de trabalho proposta pelo Mais Médicos caracteriza trabalho escravo pois o contrato não é assinado pelos trabalhadores e sim por uma instituição que intermédia a contratação dos profissionais, cerca de 80% do salário é retido pelo governo de Cuba, não existem direitos trabalhistas e a desistência implica em sanções severas como a imediata deportação e ainda, os diplomas não são revalidados em território nacional.
“A medida que esses profissionais tomarem conhecimento dessa armadinha e tiverem a coragem da Dra. Ramona possivelmente também pedirão asilo político. O Simeam está solidário com a atitude da profissional que já está sofrendo, com certeza, uma perseguição política, que com esta ação colocou em perigo não só a sua vida e até mesmo a segurança de sua família que está no país comunista”, alertou.
O Dr. Mario Vianna entende que as regras para contratação dos profissionais do Mais Médicos estão em desacordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a própria legislação brasileira, agregada a falta de estrutura para a fixação dos integrantes do Mais Médicos também estão fazendo o programa ruir. “Como exemplo desse desastre anunciado a prefeitura de Ceará-Mirim não cumpriu com a pactuação exigida de fornecer alimentação, transporte, moradia e condições de trabalhos necessárias aos profissionais que atuavam na localidade e o programa foi suspenso”, disse.
O Simeam sugere a todos médicos do Amazonas e do Brasil, um ato de solidariedade com estes profissionais de saúde que tomarem essa atitude, que são na verdade vitimas do regime comunista de Cuba, que perseguem de forma desumana seus dissidentes e onde os profissionais de saúde são sistematicamente utilizados, de forma ditatorial, como massa de manobra a serviço do comunismo e socialismo internacional, na busca de expansão territorial.
O Sindicato lembra que as famílias desses profissionais estão retidas em Cuba, se sujeitando inclusive a uma cruel vigilância e ameaça constante, com a complacência e associação criminosa do governo brasileiro.
“Acreditamos, que outros cubanos virão a se rebelar e que toda a sociedade brasileira, exija dos organismos nacionais e internacionais de direitos humanos a proteção desses profissionais e ainda, as entidades medicas brasileiras e as organizações de saúde internacionais como a Associação Medica Mundial e outras, devem também se solidarizar com eles e se posicionem contra a utilização dos serviços de saúde para a promoção de ideologias político-partidárias e projetos eleitoreiros, conforme proibição prevista no nosso Código de Ética Médica e protocolos de acordos internacionais de medicina”, destacou.