Quatro agentes penitenciários no Acre são demitidos em 45 dias, diz Iapen

Corregedoria do Iapen apura cerca de 150 processos envolvendo agentes/Foto: Divulgação

Quatro agentes penitenciários foram exonerados nos últimos 45 dias no estado do Acre, segundo informou o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC).


Ainda de acordo com o instituto, a Corregedoria do órgão investiga cerca de 150 processos envolvendo agentes penitenciários.

Três agentes foram demitidos após tentarem entrar no presídio com drogas e um outro porque mantinha conversa com presos por meio de aplicativo de celular.

O presidente da Associação do Sistema Penitenciário (Asspen-AC), José Janes, afirmou que em todos os casos os agentes flagrados por má conduta foram identificados pelos próprios colegas de profissão. “Não podemos de maneira nenhuma, no sistema penitenciário, compactuar com o erro. Que a justiça seja feita”, disse.

Um dos agentes demitidos, Francisco Claves da Costa, de 39 anos, foi preso na noite desta segunda-feira (23), por porte ilegal de arma, após não ter devolvido o armamento ao instituto. Segundo informações da Polícia Militar, registradas no boletim de ocorrência, Costa foi preso por uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope), no bairro Floresta.

Corregedoria do Iapen apura cerca de 150 processos envolvendo agentes/Foto: Divulgação

O diretor do Iapen, Martin Hessel, informou que o agente preso por porte ilegal de arma havia sido exonerado no dia 2 de janeiro e desde lá, não procurou o instituto para devolver o armamento e não era localizado.

“Há um tempo atrás, houve uma revista e dentro de um aparelho de celular apreendido, mediante a perícia, constatou-se que o agente Costa estava fazendo contato via whatsapp com alguns presos, e essa é uma conduta que não é adequada à função que ele exercia”, informou Hessel.

Com relação aos processos que tramitam na Corregedoria do Iapen, o diretor afirma que muitos são a partir de denúncias. “Temos denúncia de tortura, de supostos contatos de agentes e presos. Mas, nem todos esses casos se confirmam”, afirmou.

Uma comissão permanente, segundo Hessel, deve ser instalada nos próximos dias para dar agilidade às investigações na Corregedoria. “Foi feita uma consulta junto à Secretaria de Gestão para verificar a possibilidade de nomear um delegado, um oficial da PM e um servidor do Iapen para compor essa comissão e a partir daí, ter todos os julgamentos dos processos nos prazos adequados da lei”, concluiu.

Fonte: ITAQUERA

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