Queda nos preços do arroz leva Governo a suspender novos leilões

Foto: Recorte

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou nesta quarta-feira (3) que o governo federal não realizará novos leilões para a importação de arroz, devido à recente queda nos preços do cereal no Brasil. Em entrevista à CNN, Fávaro afirmou que os preços devem continuar sendo monitorados e, caso não voltem a subir, não será necessário realizar novos leilões. “Os preços cederam e devem ser monitorados. Se não voltar a subir, não se faz necessário novos leilões”, declarou.


Além disso, o ministro destacou que outras medidas serão implementadas para incentivar a produção de arroz no país. Entre elas, o lançamento de contratos de opção para diferentes regiões, visando estimular a produção do cereal. “Outra ação para o arroz que vamos fazer é estímulo à produção com lançamento de contratos de opção para várias regiões do país”, disse Fávaro.

O índice IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, mostrou em junho que o arroz foi um dos itens que contribuíram para a alta dos preços dos alimentos no domicílio, com um aumento de 4,20% no mês. Os dados foram coletados pelo IBGE entre 16 de maio e 14 de junho.

No último fim de semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou que o leilão para compra de arroz importado gerou “uma confusão desgraçada”, mas que os preços começaram a cair.

A decisão do governo de importar arroz ocorreu após as fortes chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio, prejudicando a produção no principal estado produtor do alimento no país. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) anunciaram no dia 11 de junho a anulação do leilão que havia vendido 263,37 mil toneladas de arroz importado. Além disso, cancelaram um novo leilão para 36 mil toneladas restantes que não foram adquiridas no primeiro certame.

O cancelamento dos leilões foi motivado por suspeitas de fraude envolvendo a maior arrematante individual, a empresa Wisley A. de Souza, cuja sede é uma pequena loja de queijos em Macapá. A empresa teve seu capital social alterado de R$ 80 mil para R$ 5 milhões uma semana antes do leilão, levantando suspeitas de irregularidades.

A suspensão dos leilões e o foco em medidas para estimular a produção nacional de arroz visam estabilizar o mercado e garantir o abastecimento do alimento, crucial para a alimentação no país.

Fonte: CNN Brasil

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