Quem é o empresário que lidera a corrida pelo ouro em terras indígenas

Foto: Reprodução

O garimpo ilegal nas terras indígenas vem trazendo à tona escandalos absurdos que são cometidos com os povos originários. Principalmente o povo Yanomami no estado de Roraima, onde nas últimas semanas teve denúncias de estupro, sequestro e assassinatos cometidos pelos os garimpeiros. Mas por trás desses crimes cometidos pelo o garimpo, estão empresas que financiam e lucram em cima dessa atividade devastadora., lucram com o sangue dos povos originários. Neste artigo iremos mostrar um desses empresários que lidera a corrida pelo ouro nas terras indígenas.


Paulo Brito Filho dirige o grupo Santa Elina. Grupo de empresas, que na sua maioria são de mineração, que estão todas ligadas com a sua família. Brito Filho é mais conhecido por ser presidente da Aura Minerals. Nos últimos 40 anos, as empresas de sua família fizeram 255 requerimentos para pesquisar minérios dentro ou entorno de 42 terras indígenas. São elas as mineradoras Rio Grande, Silvana, Acará, Icana, Irajá, Tarauacá e Apoena, que respondem, juntas, a 8% dos cerca de 3100 pedidos de lavras e pesquisas minerais em áreas sobrepostas a terras indígenas ou na fronteira delas. Essas informações são da Agência Nacional de Mineração, que fez um levantamento em março às vésperas de ser votada a PL 191/2020 de Bolsonaro que libera a exploração desses territórios.

Os pedidos de pesquisa mineral feitos pelo o grupo Santa Elina, foram feitos entre 1982 e 2012. Os requerimentos abrangem 928 mil hectares, o equivalente a seis vezes a cidade de São Paulo. Mais de 95% dos pedidos são focados no ouro da Amazônia. O grupo afirmou para a Repórter Brasil que o grupo estava desistindo de processos com interferência total ou parcial nos territórios. Mesmo assim, Brito Filho deixou claro que defende que seja regularizada a mineração nessas áreas. Dos 255 pedidos de pesquisa ou exploração mineral, o grupo Santa Elina desistiu de 126 até março, de acordo com a ANM. Mesmo assim, seguia na liderança em número de requerimentos que afetam os povos tradicionais com 129 processos em aberto.

Mesmo a mineração sendo proibida por lei nesses territórios, a ANM mantém esses pedidos como “ativos”, mesmo quando há desistência por parte da empresa. Segundo a agência, ela mantém ativos os alvarás concedidos antes da Constituição de 1988, os que sobrepõem a terras ainda não homologadas e aquelas no entorno das terras demarcadas, e afirma, segundo o posicionamento divulgado, que a demora para liberar uma área com desistência porque o processo não está “totalmente automatizado”. A questão disso, é que mesmo as empresas desistindo dos pedidos, elas ainda seguem pertencendo a elas. Se caso a PL 191 for aprovada, essas empresas vão ter o direito de explorar essa região, e Paulo Brito Filho que hoje faz demagogia dizendo ser contra o garimpo ilegal e que retirou os pedidos de explorar os territórios, iria ter direito de explorar os territórios, dentro e aos entornos.

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O garimpo ilegal nas terras indígenas cresceu absurdamente nos últimos anos, chegando a um aumento de mais de 3000% da presença de garimpeiros em áreas demarcadas. Isso ocorre justamente nos anos do governo de extrema de Bolsonaro que sempre destila o seu ódio as minorias e incentiva e apoia a atividade do garimpo nas áreas demarcadas, defendo a sede de lucro dos capitalistas e do agronegócio, levando a frente a política reacionária da PL 191 para regularizar o garimpo e seguir com o massacre dos povos indígenas como vem acontecendo com os yanomamis.

É inadmissível que os povos históricos dessa terra, sejam tratados dessa forma. É necessário derrotar a extrema direita e frear os ataques e o ódio que destilam aos povos indígenas, negros e as mulheres, essa luta é de toda a classe trabalhadora e juventude, é fundamental unificar nossa luta em defesa das demarcações de terra, do direito de existir de acordo com sua cultura e costumes, por isso exigimos dos sindicatos em especial os da CUT e CTB, e também a UNE que levantem um plano de luta de forma independente da direita para arrancar os nossos direitos.

Fonte: Esquerda Diário

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