Quermesse de igreja vira programa pós-Parada Gay em São Paulo

Dezenas dos participantes da Parada Gay deste domingo (7) terminaram a festa em um lugar sem trio elétrico, sem música eletrônica e com um público diferente daquele que estava no asfalto da avenida Paulista: na quermesse da igreja da Consolação, no centro de São Paulo.
O trajeto da Parada passa em frente ao prédio e, neste ano em que a passeata terminou cedo, casais gays acabaram entrando na festa junina promovida pela paróquia da Consolação.


 
Foi o caso de Dorival Mota da Silva, 35, que costuma frequentar igrejas e por isso nem mesmo hesitou ao entrar na quermesse. Ele conta que é de Jacobina, no interior da Bahia, e que está há 14 anos em São Paulo –o mesmo tempo que está com o namorado, com quem dançava forrós na festa junina da paróquia.

As músicas eram cantadas pelo Trio Cristalino, acompanhado de um bumbo, um triângulo e uma sanfona, que animavam a noite de outros casais gays.

O estudante Teo Moreira de Melo, 19, saiu de São José dos Campos (a 97 km de SP) para participar da Parada Gay pela primeira vez. Ele diz ter gostado “do programa inteiro: primeiro a passeata e depois a quermesse”. No entanto, ele só estava na festa junina porque tinha que esperar o ônibus fretado que o levaria de volta a sua cidade, que iria estacionar perto dali.

O organizador da festa da igreja é Cilmar de Lima, 30. Ele diz que apesar de receber público por causa da Parada Gay, o evento não chega a ajudar a quermesse, já que eles precisam abrir mais tarde por causa da passeata. Ele salientou que as portas estavam abertas “para casais gays também, da mesma como está para os casais heterossexuais”. Proibido mesmo era a entrada sem camisa.

COBRANÇAS

A 19ª Parada do Orgulho LGBT teve parte dos ativistas cobrando o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre a atuação pública contra a homofobia e a favor dos direitos desse grupos.

Durante os discursos e em entrevista coletiva de imprensa, que contava com autoridades do governo, da prefeitura e de movimentos ligados à causa gay, ativistas levantaram cartazes em protesto ao tratamento dado pela polícia à travesti Verônica Bolina, 25, espancada quando estava presa em abril deste ano no 2º DP (Bom Retiro), no centro de São Paulo. De acordo com os manifestantes, faltou ação e esclarecimentos por parte do governo paulista.

O secretário da Segurança Pública do governo Alckmin, Alexandre de Moraes, disse haver um terceiro laudo de investigação em curso para tentar esclarecer esse caso.

Fonte: Boa Informação

 

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