Racha no Centrão: PP avalia deixar governo, enquanto PSD decide ficar

Foto: Recorte

A queda na popularidade de Lula trouxe para os holofotes uma discussão que, como relatou o blog semana passada, estava restrita aos bastidores: siglas do Centrão estão ameaçando desembarcar do governo.


Como relata Vera Magalhães no jornal O Globo, o PP (Progressistas), presidido pelo senador Ciro Nogueira, tem debatido entregar o Ministério dos Esportes, num gesto que ampliaria a percepção de isolamento ou incapacidade de articulação do Planalto. O Partido Social Democrático (PSD) quer ficar. Isso porque faz parte do “Centrão raiz”, que mantém apoia tanto nomes da oposição quanto do governo.

Ao blog, Nogueira admite que a discussão existe, mas diz que, por hora, não o martelo não foi batido: “Há uma pressão quase unânime pela saída [do governo], mas não há nenhuma decisão tomada”, afirma.

Uma série de movimentos estão atrelados à discussão. Antes do debate sobre a saída ou não do governo, o presidente do PP trabalha para fechar uma federação com o União Brasil e o Republicanos.

As negociações com o União Brasil estão mais avançadas. O Republicanos, de Marcos Pereira, resiste à federação.

De todo modo, as negociações vão avançar na próxima semana. Se o acordo entre PP e União Brasil for fechado, a tendência é de que os dois partidos passem a acenar com a debandada do governo Lula.

Aí, dois fatores entram em cena: no União Brasil, pesa a capacidade de Davi Alcolumbre, presidente do Senado, de segurar os ministros indicados pela sigla a pedido dos senadores.

Toda essa discussão amplia o desafio de Gleisi Hoffmann, a nova articuladora política do governo, recém indicada como ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI).

Mas mais do que isso, o cenário espelha a fragmentação da centro-direita e da direita no Brasil. PP e Republicanos foram pilares da governabilidade de Jair Bolsonaro e vêm paulatinamente se afastando do governo.

Já o centro raiz, como PSD e União Brasil, tende a manter um pé em cada canoa, apoiando nomes da oposição e do governo, até ter um quadro claro sobre 2026.

Fonte: g1

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