Real Madrid vence Atlético por 4 a 1 e fatura a 10ª Liga dos Campeões

O time espanhol marcou três gols em apenas 18 minutos.
Aos 44, Cristiano Ronaldo fechou a goleada em cobrança de falta por baixo da barreira - e chegou aos 16 gols em 10 partidas na Liga.
Aos 44, Cristiano Ronaldo fechou a goleada em cobrança de falta por baixo da barreira – e chegou aos 16 gols em 10 partidas na Liga.

Ser dez vezes campeão de qualquer coisa é para poucos. Ganhar dez vezes a Champions League é apenas para um. O Real Madrid esperou 12 longos anos até este sábado. Foi sofrido, chorado, foi inesquecível.


Real Madrid venceu Atlético por 4 a 1 na prorrogação e faturou 10ª Liga dos Campeões da história

Foi raro: uma goleada dramática – 4 a 1 no Atlético, depois de 120 minutos em que houve de tudo um pouco.

Foi com gol aos 48 do segundo tempo, com herói improvável. Com prorrogação, com Di María brilhante, com Gareth Bale insistente. Com Marcelo, elétrico, mudando o jogo, se escalando para a história.

O time espanhol marcou três gols em apenas 18 minutos.
O time espanhol marcou três gols em apenas 18 minutos.

Brilho, insistência, sofrimento. O gigantesco Real Madrid teve de suar durante cada segundo. O Atlético de Madri, mais modesto e acostumado ao sofrimento. Foram 120 minutos de drama.

Um drama que mudou de um lado ao outro; e que começou logo no início do primeiro tempo.

Diego Costa, o artilheiro do Atético, lutou contra os problemas físicos para entrar em campo. Foi escalado, de forma surpreendente. Parecia um milagre. Mas o milagre durou apenas 9 minutos.

Cristiano Ronaldo, o craque do Real Madrid, também lutou. Entrou em campo com uma proteção na coxa esquerda, tentou de tudo para ajudar a equipe; mas, em sua casa, não teve o brilho de sempre. O melhor do mundo sofreu. Tentou por quase 120 minutos. Só pôde vibrar no fim, quando marcou, de pênalti, o gol que transformou a vitória em goleada.

Para o Atlético, a derrota repete o drama de 40 anos atrás. Em 1974, o clube colchonero também vencia por 1 a 0 até os minutos finais, mas levou o empate do Bayern de Munique – no jogo extra, os alemães golearam por 4 a 0.

Um castigo para uma equipe que jogou todas as partidas como se fossem a última; e que, na última, caiu diante do cansaço, da angústia, do desgaste psicológico de sofrer um gol quando a taça parecia muito, muito próxima.

O jogo deste sábado no Estádio da Luz, teve muitos donos.

Começou como o jogo da torcida do Atlético de Madri, que transformou o Estádio da Luz em Vicente Calderón. “Luís Aragonés, Luís Aragonés”, gritavam os colchoneros, evocando seu mito; “One, One, One, Cholo Simeone”, cantavam, enaltecendo seu líder.

Transformou-se no jogo de Godín, o zagueiro artilheiro que quase foi de ídolo a mito, abrindo o placar e o caminho para o que seria o gol de um título improvável e espetacular.

Virou o jogo de Marcelo, que entrou para mudar o jogo e dar opções de ataque a uma equipe que parecia estagnada na falta de inspiração de Ronaldo e de pontaria de Bale.

Foi, também, o jogo de Sergio Ramos, o zagueiro que virou atacante aos 45 minutos, para aos 48 escorar de cabeça um cruzamento e transformar a agonia em meia hora a mais de prorrogação, em meia hora de esperança.

Terminou como o jogo de um time que não desistiu, que lutou até o fim, que marcou 159 gols em uma temporada histórica. Uma temporada em que finalmente o Real pôde colocar as duas mãos na taça da Champions League.

Cristiano Ronaldo em ação na semifinal da Liga dos Campeões.
Cristiano Ronaldo em ação na semifinal da Liga dos Campeões.

Duas mãos cheias. Dez dedos para dez títulos. La Décima, finalmente, chegou. (ESPN)

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