

Com a seca, o Rio Acre atingiu o nível mais baixo já registrado na história em Rio Branco, desde 1971, ano em que o manancial começou a ser monitorado. Conforme medição da Defesa Civil, as águas marcaram 1,49 m, nesta sexta-feira (29). A menor marca até então havia sido de 1,50 metro em setembro de 2011.
A extensão do rio que abrange a capital acreana entrou o mês de julho deste ano com 1,92 metro e, a partir disso, passou a sofrer um decréscimo recorrente, com poucos dias de estabilidade, segundo levantamento diário feito pelo órgão.
A situação é completamente diferente daquela vivida pelos rio-branquenses no início do ano passado, quando o rio quebrou o recorde oposto, ao chegar à marca também histórica de 18,40 metros. Naquela época, a cheia desabrigou milhares de pessoas e prejudicou o funcionamento das Estações de Tratamento (ETA), devido ao volume de água.
O major Cláudio Falcão, do Corpo de Bombeiros, disse que a previsão é que o nível do rio baixe ainda mais. “Devemos ficar com o nível mais baixo que 1,25 m. Estamos trabalhando com uma cota menor do que essa, já que esse período de seca deve durar mais tempo do que nos anos anteriores”, fala.
Atualmente, manter o abastecimento é a preocupação para o Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre (Depasa), apesar do órgão garantir que o sistema de captação deve funcionar sem problemas até o rio chegar a 1,25 metro, se for o caso. O diretor-presidente do Depasa, Edvaldo Magalhães, diz que o monitoramento está sendo feito.
“Nossos equipamentos tiveram uma convivência com o rio em até 1,50 metro. Até essa marca, já temos experiência. Abaixo disso, temos que ver como as águas vão se comportando. Estamos tomando todas as medidas para garantir a captação”, explica o gestor.
O Depasa iniciou a instalação de uma terceira bomba de captação flutuante na Estação de Tratamento de Água (ETA II). A previsão é que o equipamento comece a funcionar na sexta-feira (29).
(Painel Político)