Após um ano com altos índices de queimadas, a Amazônia pode ter um registro ainda maior neste ano, conforme estudos do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). O aumento do fogo é atribuído à combinação entre florestas derrubadas e a previsão de um inverno mais seco.
De janeiro a março deste ano, 33% da derrubada de árvores na região foi em áreas de florestas públicas ainda não destinadas. Conforme o pesquisador-sênior do Ipam, Paulo Moutinho, o acúmulo de material vegetal restante do desmatamento de 2019 e 2020 são agravantes para o alastramento do fogo que, segundo ele, é colocado por grileiros.
“Ano passado, o fogo parou por causa do Exército, mas não parou a fonte de material combustível para isso. As pessoas que desmatam vão queimar porque é muito caro desmatar. O que precisamos é parar os desmatamentos nos próximos meses e evitar qualquer ação de queimada”, alerta Moutinho.
