Os rodoviários paralisaram 100% da frota de ônibus do transporte coletivo de Manaus nesta quinta-feira (31). Este é o terceiro dia de greve dos motoristas e cobradores. A categoria reivindica reajuste salarial de 6,5%.
Os cerca de 1.300 ônibus que deveriam circulam nesta quinta-feira permaneceram nas nove garagens desde 4h da madrugada.
Para tentar minimizar os impactos da paralisação, a Prefeitura de Manaus liberou a circulação de micro-ônibus alternativos, que tem circulação restrita em alguns pontos da capital, até o Centro da cidade. Os veículos do transporte alternativo cobram uma taxa mais alta que os ônibus do transporte coletivo.
De acordo com o Sinetram, o primeiro dia de greve impactou 350 mil pessoas. Já o segundo dia de paralisação teve 70% dos ônibus circulando. Na terça e quarta-feira, pontos de ônibus e terminais ficaram lotados de passageiros.
Reuniões foram realizadas entre os representantes dos rodoviários das empresas e a prefeitura, mas não houve consenso entre patrões em empregados.
Enquanto a frota de ônibus não circula, os usuários do sistema de transporte enfrentam dificuldades em todas as zonas da cidade.
Impasse
A categoria pede reajuste salarial de 6,5% referente à data-base de 2017 e também de 2018.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), que representa as empresas do sistema de transporte coletivo de Manaus, disse que o reajuste máximo possível é de 4%. Os rodoviários reivindicam o repasse do FGTS e INSS.
O prefeito de Manaus Arthur Neto anunciou, nessa quarta-feira (30), que o Município deve entrar com duas ações civis públicas contra os sindicatos que representam as empresas e os rodoviários do transporte coletivo, que iniciaram uma paralisação na manhã de terça-feira (29).
Fonte: G1