Um agente sócio-orientador de 39 anos procurou a Folha, ontem à tarde, e denunciou que foi agredido verbal e fisicamente por quatro menores infratores. Segundo o servidor público, a agressão ocorreu na noite do dia 23 passado, em um dos blocos do Centro Socioeducativo (CSE), na zona rural da Capital.
O servidor disse que estava de plantão com mais dois companheiros, na Unidade dos Sentenciados de Menor de Idade, quando a confusão começou. Dos seis adolescentes que iriam ser conduzidos para o culto, quatro se negaram a passar pela revista, que é obrigatória.
“Então, comuniquei o caso à coordenação e solicitei que os quatro jovens passassem para a medida de restrição de atividades. Foi quando um dos adolescentes se armou com uma cadeira e partiu para cima de mim, mas foi imobilizado. Contudo, neste momento, três deles também partiram para cima. Levei socos, chutes, tive lesões no rosto e luxações no ombro e nas costas”, reclamou.
A direção do CSE, conforme o agente, tomou as providências, mas a Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social (Setrabes) não lhe deu assistência alguma. “Fiquei lesionado e sequer a Setrabes quis saber como estou de saúde, se preciso de tratamento psicológico ou não”, lamentou.
O servidor prestou ocorrência na delegacia e espera que as autoridades tomem providências. Ele aproveitou para reclamar da falta de agentes orientadores no CSE. “São sete ou oito por plantão e quatro são mulheres. É complicado desenvolver um bom trabalho, sem efetivo”, reclamou.
(Folha Bv)