
Mais um triste e deprimente dia no cotidiano do município de Coari, distante 363 km de Manaus, com as ruas transformadas em lixeiras, compondo um quadro real que lembram as cidades destruídas pela guerra, e para completar o que já estava ruim, o prédio onde funciona a Central de Medicamentos, amanheceu o dia de ontem (06), com uma corrente travando o portão de acesso, com um cadeado.
Uma situação desoladora, que o prefeito considera nornal. “Tá tudo bem, tá tudo na mais perfeita ordem. Coari tá ficando do nosso jeito”, fala em propaganda em rádio e TV pagos com dinheiro público.
Durante todo o primeiro semestre do ano letivo, em algumas escolas municipais da zona rural tiveram apenas cinco dias de aula. “Quando tinha professor, não tinha merenda. Quando tinha merenda o catraieiro não recebia e nem tinha gasolina. Quando tinha transporte escolar, o professor estava na cidade lutando pelos salários atrasados”, não tem como promover educação nestas condições.
Com cinco meses de atraso no pagamento dos caçambeiros que fazem a coleta domiciliar do lixo, a população tem sofrido com o mau cheiro e a proliferação de cachorro e urubus nas ruas, o que tem contribuído para o aumento de acidentes de trânsito, além de doenças e o mal estar que provoca em todos.
Se a saúde pública fica comprometida com as lixeiras que produzem chorume, e este alcança os igarapés e os lençóis freáticos, de onde é captada água para beber, o problema se agrava quando a Central de Medicamentos fica fechada por causa de calote no aluguel. Apesar do aumento de pacientes na precária rede de saúde, a falta de medicamentos é uma constante naquele município.
