
O Plano Nacional de Educação vigente determina a obrigatoriedade de 50% de crianças de 0 a 3 anos em creches. Mas a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios de 2023 mostra um percentual de apenas 38,7% de crianças desta idade em creches nas capitais.
Governada por Ricardo Nunes (MDB), São Paulo é a cidade com maior percentual de crianças com acesso a creches. Porém, Nunes é o prefeito com mais obras escolares paralisadas: 54. Dessas, 53 são creches inacabadas.
São Paulo lidera o ranking de acesso e constantemente divulga ter zerado a fila de creches. Contudo, há um problema de desigualdade do acesso, a depender da região de moradia as
experiências e os equipamentos disponíveis variam de forma preocupante, diz o relatório.
Esses dados são parte de um levantamento intitulado “Mães nas capitais”, produzido pelo Centro de Inovação para a Excelência de Políticas Públicas. O relatório foi divulgado neste sábado (11)
Somente os municípios que cumprirem com esse levantamento farão jus aos recursos federais para expansão da infraestrutura e aquisição de equipamentos de educação infantil, explica o CIEPP. A apuração desses dados pode reduzir o desperdício de dinheiro público, enfatiza a entidade.
Ranking das 5 capitais com maior número de obras de creches canceladas ou paralisadas:
São Paulo – 53
Manaus – 43
Goiânia – 22
Rio de Janeiro – 17
João Pessoa – 14
A capital paulista, por outro lado, é a cidade com maior índice de escolarização de crianças de 0 a 3, conforme o levantamento do CIEPP. São Paulo conta com 65% das crianças em idade para frequentar creches em equipamentos escolares.
Pela pesquisa divulgada pelo CIEPP, apenas quatro das 26 capitais e Brasília cumprem a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Educação de um percentual de 50% ou mais de crianças de 0 a 3 anos estudando em creches.
Ranking das 5 melhores capitais na taxa de escolarização de crianças de 0 a 3 anos:
São Paulo – 65,5%
Vitória – 58.9%
Florianópolis – 56,2%
Curitiba – 51,5%
Porto Alegre – 49,5%
Chama a atenção que Macapá, Manaus, Rio Branco, Porto Velho e Boa Vista, todas elas situadas na Região Norte, possuem os piores percentuais de atendimento das crianças de 0 a 3 anos.
Fonte: DCM