Experimentando uma posição diferente a do governador David Almeida (ainda no PSD), o presidente da Câmara Municipal e Manaus (CMM), Wilker Barreto (PHS), 49 anos de idade, teve outra sorte porque é presidente do partido do qual é candidato nessas eleições suplementares para o governo do Amazonas.
Como presidente da legenda, Wilker pode impor a sua candidatura, mesmo contra a decisão política “equivocada” o prefeito Arthur Neto (PSDB) de apoiar outro candidato, que não fosse da sua base de apoio no legislativo municipal. “Se eu não tiver a coragem de me levantar contra o sistema do qual eu sou contra, qual a minha razão de ser político? Qual é o meu grau de indignação que tenho com a política do Brasil?”, questionou.
Wilker se rebelou? Ele garante que não. Conforme disse ao portal, continua apoiando o executivo em todas as suas ações administrativas na capital, mas no interior, nos outros 61 municípios do Estado, não concorda com a sua posição eleitoral e nem com a política do passado a ser imposta pelo candidato Amazonino Mendes (PDT).
Independência
O presidente da CMM tem feito uma política de independência. Sem a interferência de caciques, donos de partidos, que de uma forma ou de outra, não permitam o rejuvenescimento e nem a formação de novas lideranças partidárias. Ou seja, Wilker Barreto conseguiu não ser uma vítima desse modelo antiquado de política, como foi o governador David Almeida, que não pode ser candidato ao governo, porque o seu partido (PSD), tem dono e, um dono medroso, sem controle, inclusive, das suas ações quando governador.
Chapa quase puro sangue
A princípio, Wilker Barreto saiu com uma chapa puro sangue, ele e a Professora Jacqueline, ambos do Partido Humanista da Solidariedade (PHS). Com a desistência do deputado Silas Câmara da disputa eleitoral, a coligação “Por um Novo Amazonas” recebeu apoio dos partidos: PMB, PRTB, PEN e PTC totalizando 10 Deputados Federais o que garante a Wilker a participação em todos os debates.
Wilker garante que não vai depender unicamente do horário gratuito de rádio e Tv, para fazer conhecer as suas propostas e plano de governo. “Usarei as redes sociais. Não acredito em Televisão para ganhar eleição. Vou compartilhar ideias e mostrar uma nova forma de fazer política “econômica e social” no Estado”, antecipou ele.
“Política precisa ser feita assim, com o povo, não com partidos, lideranças, caciques e donos de partidos. A nossa candidatura vem no intuito de um só item: nós gostamos do amazonas e quem ama, cuida”, resumiu Barreto. E, segundo ele, o povo tem que escolher os seus governantes, como uma empresa analisa um currículo de seu empregado, suas qualidades administrativas, fichas limpas, nada consta.