Se sentindo incapaz, Arthur pede para o Governo resolver a greve dos ônibus

Arthur Neto pedindo ajuda ao governador em exercício, desembargador Flávio Pascarelli - foto: Cm7

Se sentindo incapaz, o prefeito Arthur Neto (PSDB) chama o governador Amazonino Mendes (PDT) para resolver o problema dos transportes coletivo em Manaus. A situação do prefeito está tão insustentável, que nem mesmo os empresários do setor dos transportes urbanos da cidade o estão atendendo.


Por telefone, sábado (02), ele falou com o governador Amazonino Mendes, pedindo ajuda para encontrar uma solução para o movimento grevista nos transportes urbanos em Manaus. Quem o recebeu em Manaus, foi o governador em exercício, desembargador Flávio Pascarelli, que garantiu ao prefeito o apoio necessário, para que não haja mais prejuízo aos usuários de ônibus.

Arthur Neto pedindo ajuda ao governador em exercício, desembargador Flávio Pascarelli – foto: Cm7

O Sindicato da categoria também manifestou apoio “à desistência do prefeito Arthur Neto” em se declarar incapaz de mediar a greve dos Rodoviários e passar a responsabilidade para o governo do Estado e à Polícia Militar. Para o presidente da categoria, Givancir de Oliveira, com o governo intervindo na questão da greve, é possível que os mais de 400 empregos sejam preservados e as reivindicações salariais da categoria atendidas.

Givancir diz que a responsabilidade era do prefeito, mas ele está se sentindo incapacitado, então nada mais justo que passar para o governador resolver o impasse gerado por falta de autoridade administrativa municipal, no setor dos transportes urbanos.

Ensaio

Arthur até ensaiou uma reação na semana passada, diz o presidente dos Rodoviários, mas para pedir punição aos trabalhadores e ao sindicato da categoria. Nunca para exigir dos empresários, o cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que está há dois anos sem ser atendida e que as empresas façam o pagamento do INSS, recolhido na folha de pagamento dos funcionários.

Central Única dos Trabalhadores

Nesse sábado (02), a Central Única dos Trabalhadores (CUT-AM) distribuiu uma nota nos grupos de Whatsapp, dizendo que a diretoria da instituição se sente indignada com a proposta das empresas de ônibus em Manaus.

A proposta das empresas para resolver o impasse da greve é: “demitir 50% dos funcionários ativos, que tem direito a todos os benefícios hoje, e contratar outros sem direito a nada, ou seja, só vai ganhar quando trabalhar”:

1- sem direito à alimentação,
2- sem plano de saúde,
3- sem cesta básica,
4- sem vale lanche,
5- sem FGTS,
6- sem INSS, diz a nota.

Voltaremos a escravidão?!?… Pergunta a CUT, que considera a proposta empresarial, no mínimo, vergonhosa. “Queremos uma posição da Prefeitura de Manaus. Cobre e multe as Empresas e não só do Sindicato. Temos quase nove mil trabalhadores, vamos expandir isso pra sociedade”, finaliza o manifesto.

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