Se Vargas renunciar, suplente assumirá, avisa presidente da Câmara

Petista André Vargas responde a processo no Conselho de Ética da Câmara por causa de suas relações com doleiro preso pela PF
Gustavo Lima/02.04.2014/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta terça-feira (22) que, se o deputado André Vargas (PT-PR) resolver renunciar, ele acatará a decisão do parlamentar, com efeito imediato.


Isso significa que o suplente vai tomar posse. Ao mesmo tempo, porém, o processo por quebra de decoro no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar terá continuidade.

O 1º suplente da coligação que elegeu Vargas é Marcelo Almeida (PMDB-PR), que já assumiu o mandato por um curto período nesta legislatura.

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André Vargas responde a um processo no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar por conta de suas relações com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato da Polícia Federal. O doleiro pagou um jatinho para levar Vargas e a família para passar as férias em João Pessoa (PB) no final do ano passado.

Além disso, há denúncias de que o deputado teria intercedido em favor de uma das empresas de fachada do doleiro em negócios com o Ministério da Saúde.

A Polícia Federal interceptou conversas em que o doleiro cobra a atuação de Vargas e diz que a “independência financeira” dos dois dependeria do sucesso no negócio.

Leréia

Henrique Alves também confirmou que a votação do processo contra o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) em sessão extraordinária marcada para esta quarta-feira (23), após a sessão ordinária.

O parecer do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar recomenda a suspensão do mandato do parlamentar por 90 dias.

Leréia foi condenado pelo conselho em setembro de 2013, com parecer do deputado Sérgio Brito (PSD-BA), após os conselheiros terem rejeitado outro parecer, do deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), que recomendava a perda de mandato.

A suspensão aprovada pelo conselho se deve à amizade de Leréia com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, investigado pela Polícia Federal.

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