Seca compromete navegação e transporte de cargas pelo Rio Madeira

Seca do Rio Madeira/Foto: Divulgação

Para garantir a segurança do tráfego no Rio Madeira e resguardar vidas, principalmente nesta época de estiagem, quando o nível registrado nesta quinta-feira (10) é de 3,41 metros, a Delegacia Fluvial de Porto Velho, realiza diariamente fiscalizações nas embarcações para verificar se estão obedecendo às normas exigidas pela Marinha do Brasil. A vistoria consiste na verificação da parte documental e estrutural da embarcação.


“Todos os dias, nossa equipe de inspeção naval faz as fiscalizações de rotina pelo rio verificando se as embarcações estão atendendo às exigências de segurança. São verificadas as condições dos motores de geração de energia, equipamentos, coletes, boias, excesso de passageiros e mercadorias, habilitação do comandante e do barco. Então, especialmente nessa época do ano, nós mudamos nossa estratégia de inspeção porque é assim que conseguimos flagrar as irregularidades quando existem”, explicou o delegado fluvial, Alexandre Nascimento.

Sobre as normas de segurança, o delegado recomenda que os próprios passageiros denunciem as irregularidades. “Os passageiros devem ficar atentos e verificar se o barco possui coletes salva-vidas para todos os tripulantes assim que eles entrarem no barco. Também é obrigatório um informativo dizendo quantos passageiros são permitidos no transporte, além do contato da Marinha para qualquer denúncia. Durante nossa fiscalização, se o barco for flagrado carregando passageiros além do limite ou com alguma outra irregularidade, ele vai ser penalizado rigorosamente”, alertou.

Para evitar acidentes fluviais, a Marinha já estuda a possibilidade de suspender as navegações no período da noite, que é quando aumenta o perigo por causa dos bancos de areia que se formam no meio do rio. Por enquanto, apenas em embarcações do tipo comboio estão proibidas de navegar durante a noite.

Seca do Rio Madeira/Foto: Divulgação

Transporte de gás

A Fogás Distribuidora informou que, anualmente, a logística de abastecimento do gás de cozinha para Rondônia e Acre é diferente. Entre os meses de agosto e outubro, o transporte do produto envolve um nível de complexidade pelo fato de todos os rios da margem direita do Rio Amazonas (Juruá, Purus, Madeira, e outros) estarem no período da vazante, e isto gera um impacto na logística.

As restrições são decorrentes da necessidade de se transportar menos carga no trecho Manaus até Porto Velho e também da restrição de navegação noturna, por determinação da Capitania dos Portos. Portanto, as empresas transportam menos produto e também a viagem chega a demorar aproximadamente 48 horas a mais que no período da normalidade de navegabilidade do Rio Madeira.

A diretoria da empresa acrescenta ainda que, agravado ao cenário de dificuldade de acesso de Porto Velho, que é o pólo de abastecimento de combustíveis do Acre, se tem a situação da vazante acentuada do Rio Abunã. A demora da travessia na localidade tem dificultado expressivamente a logística de abastecimento de combustíveis ao Acre.
Fonte: Rondoniagora

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