
A seca severa no Amazonas deve causar escassez de peixes nos mercados de Manaus ainda em 2024, segundo a Federação de Pescadores do Amazonas (Fepesca-AM). O Rio Negro, em Manaus, registrou 15,08 metros em 20 de setembro, e a cidade já está em situação de emergência.
Com a queda dos níveis dos rios, pescadores têm dificuldade em acessar áreas de pesca, o que reduz a oferta e aumenta os custos operacionais. Embarcações enfrentam problemas de navegação, forçando os pescadores a buscar áreas mais distantes e menos produtivas, o que eleva os preços dos peixes.
O presidente da Fepesca-AM, Walzenir Falcão, explicou que o aquecimento das águas também afeta o oxigênio, o que pode reduzir a produção. Como resultado, peixes como o jaraqui podem ter aumento de até 40%.
Vendedores da Feira da Manaus Moderna já sentem o impacto. Luiz Carvalho, vendedor de peixes, relatou o aumento dos custos logísticos, e Thiago Queiroz observou que, desde o início da seca, os preços subiram significativamente.
Consumidores, como Célia Amazonas, de 62 anos, estão surpreendidos com os preços, afirmando que o peixe está mais caro que a carne.
A economista Michele Aracaty sugere que a importação de pescado de Rondônia pode ser uma solução temporária, mas alerta para o aumento do custo da ração de peixes. A seca afeta toda a produção comercializada via rios, elevando os preços dos produtos e ampliando os prazos de entrega.
Fonte: g1