
Com a ausência de chuvas no estado, o nível do Rio Acre, em Rio Branco, vem diminuindo e apresenta um dos menores registros dos últimos anos. Segundo a Defesa Civil Estadual, as águas marcaram nesta quinta-feira (16) 2,41 metros e essa é uma das cotas mais baixas registradas no mês de junho.
Ao Site, coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, disse que a cota não é preocupante, tendo em vista que na mesma época de 2005 o rio chegou a atingir a marca de 2,36 metros, porém, a menor cota registrada no período foi em setembro de 2011, quando as águas ficaram em 1,54 metros.
“Entre oito e nove anos essa é uma das menores cotas registradas. Não é normal para essa época do ano, mas temos históricos de anos anteriores com cotas bem menores no mês de junho”, disse o coordenador.
Ainda conforme Batista, o trabalho de monitoramento da sala de situação do órgão é reforçado no período de estiagem, que iniciou em maio deve acabar no mês de novembro.
“Como esse ano não teve inundação, desde o final de março começamos as reuniões para que cada órgão elaborasse seus planos para o período de estiagem. Caso ocorram problemas nesse período, estamos prontos para dar uma resposta. Não é tão preocupante assim. Claro que como Defesa Civil eu tenho que me preparar para situações piores que possam ocorrer, mas não há indicadores de que vá acontecer alguma tragédia”, diz Batista.
Sobre as chuvas, o coordenador conta que a previsão é que caiam poucas chuvas nos próximos dias no estado acreano. “A previsão para os próximos sete dias mostra que temos uma probabilidade de chuva pequena. Em Tarauacá e Cruzeiro do Sul, no sábado (18), tem uma probabilidade de chuva, mas já no restante do estado a probabilidade é muito pequena”, destaca.
O coordenador acrescenta também que o nível do rio Acre, nas cidades do interior do estado, também está baixo. “O rio Acre está nessa média baixa em todo percurso dele. Em Brasileia, Epitaciolândia, Porto acre e outras cidades. Estamos realizando monitoramento diário e não é preocupante para o período, tendo em vista que está tendo poucas chuvas”, finaliza.
Em entrevista ao Acre TV nesta quinta (16), o superintendente do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Miguel Félix, descartou uma possível falta de água para população durante esse período que o nível do rio está baixo.
“Nossa estratégia já está montada, que é a nossa capacidade instalada de capacitação com as duas estações de tratamento, ETA I e ETA II. Temos, e trabalhamos, com a referência histórica que foi a seca de 2015, quando tomamos todas providências para evitar blecaute maior naquele período. Não precisamos ficar apavorados de que vai faltar água. Essa possibilidade de não ter abastecimento não existe”, detalha o superintendente.
(Jornal Floripa)