
A sustentação do secretário Homero de Miranda Leão à frente da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) a cada dia parece mais delicada após o Ministério Público do Estado (MPE-AM) revelar que desde abril deste ano investiga quatro contratos firmados pela secretaria com empresas envolvidas na quadrilha que roubava dinheiro da Saúde do Governo do Estado e foi desarticulada pela Polícia Federal na operação “Maus Caminhos”. Um dos contratos com a e empresa de Gilberto de Souza Aguiar, sócio-proprietário da empresa Silvio Correia Tapajós e CIA LTDA, no valor de R$ 1,7 milhões de reais é 95% mais caro que o mesmo contrato realizado pela prefeitura no ano anterior.
O MPE-AM revelou que o secretário de Saúde, Homero de Miranda Leão, respondeu dizendo que pagou para os vacinadores um salário de R$ 6,6 mil reais para 33 dias de trabalho na campanha de vacinação antirrábica. Homero disse ainda que para os coordenadores das equipes o salário foi de R$ 11,3 mil.

O promotor do MPE-AM, Edilson Queiroz, disse em entrevista ao jornal A Crítica desta quarta-feira (19), que pediu da Semsa o detalhamento da folha de pagamento e jornada de trabalho das pessoas contratadas, não somente deste contrato, bem como dos outros três contratos, um deles sem licitação, feitos com a empresa D de Azevedo Flores – ME, cujo sócio é Davi de Azevedo Flores, que também foi preso pela operação Maus Caminhos em setembro. No total a prefeitura pagou R$ 3,1 milhões para Davi de Azevedo Flores para prestar serviços de telefonia para o Disk 192 quanto de com combate ao mosquito da Dengue.
“Esses dois inquéritos civis estão em tramitação normal aqui no Ministério Público, aguardando informações adicionais solicitadas. A primeira parte chegou em mídia digital. Depois de recebermos o restante os técnicos irão analisar os preços praticados. Só poderemos afirmar se houve ou não sobrepreço após análise dos técnicos”, disse Edilson Queiroz.