Senador do Amazonas diz que acredita em Sérgio Moro “por convicção”

Senador Plínio Valério (PSDB) sem nada para perguntar a Moro - foto: arquivo

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) parece não se sentir muito a vontade na cadeira que ocupa no Senado Federal ou, ainda não conseguiu se descolar do mandato de vereador de Manaus, de onde saiu em fevereiro desse ano.


Durante o depoimento do ministro Sérgio Moro, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, nessa quarta feira (19), Plínio Valério se deu ao trabalho de dizer “que acredita no ex-juiz por convicção”.

A “convicção” do senador amazonense é tanta, que segundo ele, não precisaria de perguntas e nem de respostas de Moro. O juiz não precisaria responder nada para o senador do Amazonas. Ele não tinha nada para perguntar.

E, foi além. Disse que a sua presença no Senado naquele momento era tão somente contemplativa, para apoiar Sérgio Moro, defender o legado do Moro. Disse meia dúzia de palavras. Agradeceu imensamente a concessão da fala. Dispensou a resposta, a réplica e continuou calado.

Nem mesmo o ministro pareceu ter acreditado na desenvoltura do senador do Amazonas. Que só disse muito obrigado e continuou divagando sobre o tema em discussão.

As mentiras de Moro

Plínio Valério com as suas convicções, sem questionamento e profundidade, esquece que o ministro Sérgio Moro agiu tão fora da lei que até o então saudoso ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), em março de 2016, decidiu pela inconstitucionalidade dos grampos praticados por ele, os mesmo que agora condena.

Na época, Zavascki puxou a orelha do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba afirmando que os grampos ocorreram “sem nenhuma das cautelas exigidas em lei” e lhe ensinou que a Lei das Interceptações determina que “além de vedar expressamente a divulgação de qualquer conversa interceptada (artigo 8º), determina a inutilização das gravações que não interessem à investigação criminal (artigo 9º)”.

O ministro Teori Zavascki ainda passou mais uma carraspana no então juiz Moro:

“Não há como conceber, portanto, a divulgação pública das conversações do modo como se operou, especialmente daquelas que sequer têm relação com o objeto da investigação criminal”, disse.

Como se vê, caro leitor, mentira tem pernas curtas. E agora? Tem parlamentar dizendo que somente uma CPI seria capaz de depurar a mentira e trazer luz ao submundo da Lava Jato.

Vídeo

Com texto do Blog do Esmael

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