Ser da direita: uma experiência broxante, subjetiva, intelectual e espiritual

Comandados pelo sistema, teleguiados pela mídias corporativistas - foto: arquivo

Eu tenho pena da direita sim. Não é porque eles podem matar – e matam – que eu irei respeitá-los ou amaldiçoá-los. Amaldiçoados, eles já são.


Tenho pena porque viver na condição de um ser de direita deve ser uma das situações mais broxantes da experiência subjetiva, intelectual, libidinal e espiritual.

Alguém que não sonha, que não goza, que não ama, que não formula, que não cria, que não sorri com delicadeza (apenas com torpeza) é digno de pena, não de medo.

Na falta de tudo isso, eles forjam sua legitimidade rarefeita – em um mundo que lhes é cognitivamente hostil – nos emulando e buscando nossa ‘desidentificação’.

Como eles não têm personalidade, para que alguma lhes seja projetada, atacam a nossa, em um processo de destruição e violência.

Mas, repito: dignos de pena (porque fracassam a longo prazo).

São maus perdedores que buscam incansavelmente a derrota (subjetiva). A psicanálise explica isso bem: na superfície do ser, você deseja o que te aniquila.

Reparem – e sintam pena comigo – o que é a vida interrompida de um ser de direita: eles passam boa parte de seu tempo útil atacando o comportamento social do segmento progressista.

É a miséria humana.

Não bastasse, imitam a estrutura de produção de sentido (de enunciação) dos protagonistas sociais, querendo ir às ruas com faixas, mas representando o mercado financeiro.
Chipanzés têm mais consciência de classe.

Eu costumo dizer ainda que sinto pena da direita, porque me ensinaram, quando criança, que sentir pena é ‘feio’.

Ora, se é ‘feio’, é aí mesmo que vou me educar a construir um sentimento desses direcionado a gente igualmente ‘feia’ e destituída miseravelmente de caráter.

Tenho pena de Bolsonaro, de Sergio Moro, de Olavo de Carvalho, de Janaina Paschoal, de João Doria, de Wilson Witzel, de Luciano Hang, de Luciano Huck, dessas criaturas que não têm sequer um nome, mas uma marca terrorista nas costas.

Porque a experiência social neste mundo não é ganhar eleições sujas nem prender líderes bons de voto e de amor.

A experiência social em uma vida que é uma só é construir um mundo.

Não destruir.

Por: Gustavo Conde – Brasil 247Gustavo Conde

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