Sérgio Gabrielli: É preciso separar a Petrobras dos que desviaram dinheiro

Ex-presidente Sérgio Gabrielli, da Petrobras/Foto: Reuters
Ex-presidente Sérgio Gabrielli, da Petrobras/Foto: Reuters
Ex-presidente Sérgio Gabrielli, da Petrobras/Foto: Reuters

O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, adotou uma postura de defesa da companhia em depoimento, hoje, quinta-feira (12), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura denúncias sobre o esquema de corrupção na estatal.
Gabrielli passou grande parte do depoimento na Câmara dos Deputados exaltando o crescimento da empresa nos últimos anos, sobretudo com a descoberta do pré-sal. Para ele, é preciso separar a Petrobras daqueles que desviaram recursos dela. “Não podemos confundir o comportamento criminoso de alguns com o comportamento de uma empresa que está muito bem e funcionando.”


Assim como o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco, Gabrielli disse aos membros da CPI que a comissão de licitação da companhia não tinha conhecimento de esquemas de pagamento de propina em contratações.

“O que é público dos depoimentos de Barusco e de Paulo Roberto Costa, é que as comissões funcionavam corretamente. Não há possibilidade de que internamente se captasse essa situação”, afirmou Gabrielli. Ele lembrou ainda que, de acordo com depoimentos dos réus confessos, as negociações eram feitas com as empresas que disputavam as obras, e não havia envolvimento com a comissão de licitação.

Gabrielli disse ainda que o setor de auditoria da empresa foi ampliado “três vezes mais” na última década, com o objetivo de neutralizar qualquer ilícito. Ele explicou que apenas algumas empresas no Brasil têm potencial para construir partes de uma refinaria e que, no rol dessas empresas, há algumas envolvidas no escândalo da Petrobras.

“Para construir uma refinaria inteira, não há nenhuma empresa com essa capacidade. Para construir algumas partes de uma refinaria, existem algumas no Brasil. E algumas dessas estão envolvidas nesse caso.” O ex-presidente da Petrobras continua respondendo a perguntas dos parlamentares na CPI.(Terra)

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