SES-AM discute revisão das doses de vacinas para comunidades ribeirinhas

Foto: Rodrigo Santos/SES-AM

O secretário de Saúde do Amazonas (SES-AM), Marcellus Campêlo, participou, na manhã desta segunda-feira (12/04), de reunião virtual do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal que teve como pauta a vacinação de comunidades tradicionais da região contra a Covid-19. Na reunião, foi destacada a urgência na revisão das doses de vacinas disponibilizada pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) para essas comunidades.


A Fundação Amazonas Sustentável (FAS), por meio do superintendente Virgílio Viana, apresentou um estudo sobre a imunização das comunidades tradicionais e assinalou que o PNI precisa rever a quantidade de doses para imunização completa dessas populações, abrangendo ribeirinhos, indígenas aldeados e não aldeados, quilombolas, garimpeiros tradicionais e pescadores.

O secretário Marcellus Campêlo, manifestou apoio à proposta, devido ao fato de o Amazonas possuir uma grande população ribeirinha e de indígenas. Outro assunto discutido foi a possibilidade de aquisição da vacina da Janssen, de dose única, para que os estados da Amazônia possam receber logo o primeiro lote.

Foto: Rodrigo Santos/SES-AM

De acordo com o secretário, devido à desaceleração da vacinação por conta da dificuldade de alcançar as comunidades tradicionais, é importante ocorrer a revisão das doses disponibilizadas no PNI. “O Amazonas é uma população ribeirinha quase que completamente. Só em Manaus temos 60 quilômetros de comunidades ribeirinhas na costa da cidade para poder atingir”, explicou.

Conforme o titular da SES-AM, assim que essas doses forem adquiridas é necessário vacinar toda a comunidade. “Precisamos chegar vacinando a comunidade toda, sem fazer a divisão por grupos. Essa medida é importante, tanto na questão de eliminar a cadeia de transmissão e também pela distância”, destacou.

Apoio internacional – Na reunião do consórcio, que foi presidida pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, que é secretário de Saúde do Maranhão, foram definidas três ações: a revisão das populações tradicionais para divisão das doses de vacinas; a elaboração de um plano entre os estados da Amazônia para levar a assistência de saúde a essas comunidades; e buscar ajuda internacional para aquisição de vacinas.

Segundo Virgílio Viana, a FAS já está atuando na interlocução com instituições privadas internacionais e nacionais para recebimento de doações de doses de vacinas para a Amazônia. O governador do Maranhão, Flávio Dino, que é o presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, deve ser o representante dos estados da região para conseguir essas doações.

Uma reunião também está marcada com a Embaixada da França, no próximo dia 13 de abril, para discutir essa parceria internacional de aquisição da vacina por meio da Guiana Francesa e do Suriname, países que fazem fronteira com estados da região Norte.

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