
A vitória de lula no Amazonas pode ser creditada aos trabalhadores, aos movimentos sociais e sindicais, federações e sindicatos rurais, militância e Coordenação da campanha do candidato à presidência da República, no Estado.
Os mais de 1 milhão de votos dado ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, no Amazonas, no segundo turno, representa, na verdade, a luta que o movimento sindical desenvolveu ao longo da campanha em primeiro e em segundo turno.
Mais ainda, foi o movimento sindical quem garantiu a manutenção da Zona Franca de Manaus (ZFM), com a ação do deputado federal, Paulinho da Força (Solidariedade), que foi fundamental na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ao derrubar o famigerado decreto da redução do IPI de Jair Bolsonaro (PL), que feriu de morte os empregos, a economia e a manutenção das indústrias no Estado.
Ademais, foi o movimento sindical quem pressionou deputados da base, para que eles pusessem fim ao documento que por pouco não excluiria milhares de empregos no Amazonas e, ainda assim, sem muitas respostas dos parlamentares, salvo alguns poucos.

Revés na campanha
Foi o movimento sindical quem sacrificou candidaturas internas para centrar forças na Coordenação da campanha de Lula, com sucesso no interior e na capital amazonense e enfrentou revés, ao perceber que candidatos devidamente ‘abraçados por Lula’, não estavam fazendo campanha para o Lula, nem colocando o seu nome no material de campanha.
Esse é um resumo feito pelo presidente da Coordenação de Lula no Amazonas, Valdemir Santana, sobre a auto-antecipação de nomes para ocupar postos chaves, que certamente vai influenciar a ‘saúde’ do Polo Industrial de Manaus (PIM) e na relação entre o setor produtivo e administrativo das indústrias no Estado.
Querendo ser ouvido
Da mesma forma que Lula prometeu criar comitês de culturas nos estados para fortalecer a área, Valdemir Santana também quer que seja criado o Comitê da Área Industrial do Amazonas para discutir propostas de administração do setor industrial e evitar desastre semelhante ao ocorrido na administração do ex-superintendente Coronel Menezes na Suframa.
Administração do Polo
Para Valdemir Santana, que também é presidente da CUT-AM, do Sindicato dos Metalúrgicos e do Diretório Municipal do PT-Manaus, toda discussão e decisão envolvendo produção, trabalho, emprego e renda e, ocupação de órgãos relacionados à administração pública do polo industrial no Estado, entre eles, a Superintendência da Suframa, tem que passar pelo Comitê, pelos trabalhadores, pelos sindicatos e, ele disse que não abre mão disso.
“Não podemos continuar convivendo com indicações desastrosas, com administradores que não tem intimidade com o setor produtivo industrial do Amazonas e, muito menos, com o direcionamento a ser dado à implantação de novas matrizes econômica no Amazonas”, destaca.
Para o sindicalista, foi a categoria de trabalhadores que defendeu o modelo ZFM de todo o bombardeio imposto pelo presidente derrotado nas urnas e, qualquer indicação, sem o ‘aprovo’ dos trabalhadores, seria um desprestígio sem igual para a classe.