Os trabalhadores dos transportes rodoviários passam por maus momentos. De um lado, a luta para se sustentar no trabalho sem se contaminar com o coronavírus e, por outro, com a ameaça dos donos das empresas, que querem reduzir os salários da categoria até 2021 ou demitir mais da metade dos profissionais do volante.
A redução dos salários, segundo comunicado do sindicato patronal (Sinetram), atinge algo em torno de 30%, fazendo com que os motoristas e cobradores recebam só 70% dos salários e nenhum outro benefício a mais.
De acordo com o presidente em exercício do Sindicato dos Rodoviários, Josenildo Mossoró, os empresários estão ameaçando demitir entre 2 mil a 3 mil trabalhadores do sistema caso não aceitem a redução dos salários. Mossoró diz que eles alegando queda na arrecadação e diminuição dos passageiros nos ônibus, nesse período de pandemia.
Josenildo acredita que seja um ‘blefe’ dos empresários, mas não tem como confirmar. “O momento não permite uma crueldade dessas. Até o governo vem tentando reparar as perdas dos trabalhadores durante a pandemia do coronavírus e, os empresários do sistema de transportes urbanos de Manaus, querem demitir e reduzir salários sem motivo”, destaca ele.
Assembléia dos Trabalhadores
Nesta sexta feira (10), os trabalhadores Rodoviários estão sendo convocados para uma assembleia geral, às 9 horas e às 16 horas, na sede do Sindicato para decidir se aceitam ou não a proposta de redução de salários feita pelo Sinetram.
“Caso não aceitem, a decisão da categoria será a de endurecer o jogo. Vamos convocar a categoria para ir às ruas e mostrar a força dos trabalhadores do sistema”, antecipa Mossoró.