SINPOL alerta sobre carência de pessoal na PC e falta de concurso público

Vice-Presidente do SINPOL-AM, Odirlei Araujo.
Vice-Presidente do SINPOL-AM, Odirlei Araujo.
Vice-Presidente do SINPOL-AM, Odirlei Araujo.

O Vice-Presidente do SINPOL-AM, Odirlei Araujo percorreu algumas delegacias de Manaus e juntamente com os colegas de rofissão, constataram as falha que há muito se vem denunciando por meio do site e Facebook do SINPOL-AM no que diz respeito à falta de pessoal para suprir o quadro de serviços diários da Policia Civil.


“A falta de pessoal para o serviço é algo que os governos  que tem se sucedido em nosso Estado vem fazendo vista grossa e ouvidos de mercador”, apontou Ordilei. De acordo com ele, varias vezes eles reclamaram, inclusive com documentos oficiais junto às secretarias responsáveis e Delegacia Geral sobre as escalas de serviço, que não permitem nem que o Policial tenha tempo para descansar.

Em nota enviada à redação, o vice presidente do Sinpol disse o que se segue abaixo:

“Plantões e expedientes em ambientes precarizados e quase nunca atendem ao projeto do programa Ronda o Bairro que determina que em cada plantão haja seis Investigadores e dois Escrivães. Ao contrario disso, o que se vê é plantão nos DIP’s e Centrais com numero reduzido, o que além de sobrecarregar os trabalhadores, ainda torna a vida dos que procuram esses serviços ainda mais difíceis pela demora causada pela quantidade de ocorrências a serem registradas e revoltam a população que chega a passar de uma hora de espera para serem atendidos.

Não foge a penosa regra nos DIP’s e Centrais de Flagrante onde sequer têm-se veículos adequados, pelo contrario, conta-se com sucatas que em alguns casos já tiveram e ser empurradas com presos dentro e ainda, os chamados confortos são verdadeiras colônias de fungos que comprometem a saúde do trabalhador que se vê obrigado a tentar descansar em cima de colchões mofados e ambientes totalmente insalubres.

Não bastasse todo esse descaso apontado, ainda vivemos uma realidade de ter muitos policiais a disposição de serviços burocráticos, considerando que o numero é mínimo e ainda se destacam investigadores para a Secretaria de Inteligência, esta que deveria contar com pessoal próprio. Escrivães não sabem mais o que é descanso ou intervalo em seus dias de trabalho. Nos plantões colocam-se no máximo dois em lugares onde a movimentação de pessoal é muito intensa.

Deixando por um momento a situação predial e veicular, ressaltamos o chamado para a questão do quantitativo de pessoal que há muito é insuficiente para a crescente população do Estado do Amazonas e o aumento vertiginoso da criminalidade. Precisamos urgentemente de concurso com vagas que venham a suprir a necessidade de pessoal na Policia Civil do Amazonas. Não dá mais pra aceitar ou conviver com o desaforo de ter que trabalhar dobrado, não ter tempo para a família ou para a mais simples vida social. Vivemos como em campo de batalha. Sempre atentos e sempre tensos pela falta de condições de trabalho que nos dê o mínimo de reconhecimento e que nos faça sentir valorizados.

Já percorremos o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, a Secretaria de Justiça e Cidadania, a Secretaria de Segurança, a Casa Civil, a Assembléia Legislativa, denunciamos em vários órgãos de imprensa, e visitamos delegacias a fim de relatar e pedir providencias para o caos em que vivem nossos trabalhadores Policiais Civis do Amazonas. Temos dito que a dor tem limites, que ninguém suporta por tanto tempo só na base do analgésico.

Queremos imediatas providencias e vamos partir do bom diálogo para ações radicais se não formos atendidos. Vamos fazer a lei ser cumprida ou de outra feita, continuaremos trabalhando como escravos do sistema de segurança que nos causa insegurança, que nos faz perder todos os dias, que nos coloca como carcereiros de criminosos periculosos e transforma delegacias em presídios. Que faz o trabalhador de um município de fronteira vermelha trabalhar em turno de 24×24, sugando suas forças e sua alma. CHEGA!

Queremos pedir ao Senhor Governador que faça cumprir a lei. Que faça concurso para a Policia Civil com pelo menos 2.000 vagas, para que tenhamos algo que se aproxime do que aponta o estudo feito pela ONU e  que assinala que o mínimo quantitativo de policial por habitantes é de 01 policial para cada 250 habitantes.

Não é mais tempo de implorar, não é mais tempo de esperar que chova no deserto, não é mais tempo de acreditar que vão brotar flores no asfalto. Vamos cobrar providencias, vamos valorizar nossa categoria e nossa sociedade, vamos fazer valer a mínima dignidade dos nossos trabalhadores”.

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