As Sociedades Tradicionais na Amazônia serão abordadas em Conferência

Conferência, em Rio Branco
Conferência, em Rio Branco
Conferência sobre Biodiversidade, em Rio Branco/Foto: Divulgação

Na tentativa de buscar novas reflexões sobre a Amazônia por meio do intercâmbio científico, 50 pesquisadores e acadêmicos participaram, na manhã da última quarta-feira (23), da conferência “Biodiversidade e sociedades tradicionais na Amazônia”, na Universidade Federal do Acre (Ufac), com as discussões fazendo parte da programação da 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Rio Branco-AC.

Ministrada pelo antropólogo e pesquisador da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Alfredo Wagner de Almeida, a conferência foi baseada nos estudos desenvolvidos por meio do projeto de pesquisa “Nova Cartografia Social da Amazônia”. “Discutimos a situacionalidade das identidades coletivas, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, seringueiros, que hoje definem a sociodiversidade da Amazônia”, disse Almeida.


Segundo o pesquisador o ‘tradicional’, atualmente, é uma figura do presente e não está preso ao tempo linear. “É uma figura (o tradicional) do presente e, nesse sentido, projeta as comunidades para o futuro. Essa discussão é válida e o ambiente acadêmico é o melhor espaço para este debate tendo em vista que as comunidades tradicionais estão convivendo com pressões uma vez que os dispositivos legais estão sendo modificados”, disse Almeida.

O projeto “Nova Cartografia Social da Amazônia” é desenvolvido em parceira com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) por meio do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura da Amazônia (PPGSCA). O estudo iniciou em 2005 e, até fevereiro deste ano, recebeu financiamento do governo do Estado por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) via Programa de Desenvolvimento Científico Regional (DCR).

Durante os cinco dias da 66ª Reunião Anual da SBPC também estão previstas atividades voltadas para os estudantes do ensino básico (SBPC Jovem), uma mostra de ciência e tecnologia (ExpoT&C) e a apresentação de atividades artísticas regionais e discussões sobre temas relacionados à cultura (SBPC Cultural).

Neste ano, o diferencial da Reunião será a realização do ‘Dia da Família na Ciência’, no final de semana e debates a respeito da temática indígena, além da realização de rituais e apresentações musicais de povos indígenas do Brasil, Bolívia e Peru.

As principais associações científicas dos Estados Unidos, da China, da Europa e da Índia, além de pesquisadores renomados da América Latina, também estarão na reunião participando de debates sobre temas de impacto em política científica.

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