
Ao escrever um livro contando a HISTÓRIA DO ATLÉTICO RIO NEGRO CLUBE, o Professor Manuel Bastos Lira explicou que: como Manaus fica a margem esquerda do rio Negro, todos os que aqui moram são “RIO NEGRINOS”.
Sábias palavras de quem conhece a cultura de nossa Cidade.
SAUDOSO: Dia 13 de novembro de 1913. Às 16 horas na Rua Henrique Martins, na casa de MANOEL AFONSO DO NASCIMENTO, que com outros valorosos Amazonenses, criaram o ATLÉTICO RIO NEGRO CLUBE.
Desde o surgimento (há mais de 100 anos), o clube sempre foi um expoente social, esportivo e cultural no Amazonas.
O Atlético Rio Negro Clube representa a memória física e sociocultural do Amazonas. Onde a sociedade conduzia os Bailes das Debutantes, as Festas de Gala e as reuniões importantes. Vamos lembrar alguns fatos, que corroboram com o descrito acima:
- Construção do “SALAO DOS ESPELHOS”, com a participação de um dos maiores nomes da História do Estado: ÁLVARO BOTELHO MAIA;
- A primeira representante do Amazonas que conquistou o Título de Miss Brasil: TEREZINHA MORANGO.
- A primeira Medalha Olímpica do Amazonas, com o Atleta: AGILMAR OLIVEIRA (O POPOCA). Medalha de Prata, Melhor Jogador da Competição e Artilheiro do Brasil nas Olimpíadas de Los Angeles em 1984.
- A criação da Travessia do rio Negro;
- Um dos primeiros clubes constituídos do Brasil a ter uma Escola de Jiu Jitsu, com o Japonês SHINSHIRO SATAKE;
- Escolas de Esgrima, Remo, Polo Aquático e Luta Livre;
- Equipe de Futebol Feminino Campeã Brasileira.
- A primeira Escola de Educação Física do Amazonas (UFAM);
- Bem como, a Tradicional Equipe de Futebol Masculino: O GALO DA PRAÇA DA SAUDADE.
“EM QUALQUER ESPORTE O RIO NEGRO É O MAIS FORTE”: parte do Hino do Clube.
OU SEJA! Somos sim, todos “RIO NEGRINOS”.
Menos é claro, as autoridades constituídas e eleitas pela população do Amazonas.
Haja vista, em momento algum se preocupam com a História de “NOSSA AMADA TERRA”. Talvez nem a conheçam ou queiram conhecer.
Somos culpados?
SIM! Temos uma parcela de culpa.
Visto que, escolhemos pessoas que não nos conhecem e sem identidade com nossa Cultura.
Manaus cresceu rapidamente. Passou de trezentos mil a dois milhões e quinhentos mil habitantes, em pouco mais que cinquenta anos.
E nesta corrida, milhões de pessoas que aqui chegaram e se firmaram, não tomaram conhecimento, nem se interessaram por nossa História.
NÓS, os locais, deixamos de apoiar os TRADICIONAIS, para acreditar que os novos habitantes poderiam resgatar a nossa BIOGRAFIA.
Ledo engano!
Não consigo entender, nem aceitar, que NENHUMA AUTORIDADE, não tenha se mobilizado em defesa da garantia e manutenção do Patrimônio do Atlético Rio Negro Clube que agonizava há anos.
Caso houvesse esta mobilização, seguramente teríamos achado uma solução e um desfecho distinto.
Não temos a preocupação imediata de SABER quem colocou o clube nesta situação.
Queremos saber: Como se permite que parte de nossa História seja apagada? Como tantas outras!
Menosprezaram o esforço e colocaram no esquecimento, milhares de almas de Amazônidas que alocaram o coração, a alma e recursos próprios em prol do desenvolvimento do Amazonas.
É hora de unirmos forças para evitar mais atos de desmanches da História do nosso Estado.
Como exemplos, choramos até hoje: A perda do belo Prédio do Cine GUARANY, obra arquitetônica do áureo tempo da borracha; O arrancar das árvores que adornavam as principais ruas do centro de Manaus; O desmoronamento do restaurante Chapéu de Palha em Adrianópolis; A demolição do Vivaldo Lima e muitas outras obras destruídas pelo descaso e desrespeito de nossas autoridades…
A NOSSA MEMÓRIA ESTÁ EM RISCO! ACORDA AMAZONAS!
Por hoje é só! Semana que vem tem mais! Fuuuiiiiii!