
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox, uma doença causada pelo vírus Orthopoxvirus, como uma emergência de saúde pública global devido ao surto na África. Esse vírus pertence à mesma família da varíola, já erradicada, e se espalha principalmente pelo contato direto com a pele infectada ou lesões. Por essa razão, a mpox pode ser transmitida durante o sexo, mas também por beijos, toques e pelo contato próximo de outros tipos.
Segundo a OMS, o risco de transmissão aumenta para pessoas com múltiplos parceiros sexuais. Portanto, é recomendável que qualquer pessoa com sintomas, como lesões ou erupções cutâneas, evite o contato íntimo até realizar exames para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e mpox. Essas erupções podem aparecer em locais pouco visíveis, como a boca e genitais, tornando a prevenção ainda mais crucial.
Ainda não há evidências de que o vírus possa ser transmitido diretamente pelo sêmen ou fluidos vaginais, o que significa que o uso de preservativos pode não oferecer total proteção. A transmissão pode ocorrer também através do beijo e gotículas respiratórias em contato próximo e prolongado, como em relações sexuais.
Embora o surto de 2022 tenha afetado majoritariamente homens gays e bissexuais, a OMS enfatiza que qualquer pessoa pode contrair mpox. Para prevenir a doença, as orientações incluem evitar contato com pessoas infectadas, lavar as mãos regularmente, e praticar isolamento até a recuperação total em caso de infecção.
A vacinação está sendo priorizada para grupos de maior risco, como homens cisgêneros, travestis, mulheres transexuais vivendo com HIV, e profissionais de laboratório em contato direto com o vírus. Medidas de prevenção como o uso de preservativos, evitar sexo em grupo e locais de troca de sexo por dinheiro também são recomendadas.
Fonte: CNN Brasil