

Através da Coordenação Estadual de Triagem Neonatal, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam), está realizando uma programação de videoconferências e palestras, voltada para profissionais da Atenção Básica, da capital e do interior do Estado, sobre Triagem Neonatal, mais conhecida como Teste do Pezinho, atividade que está sendo desenvolvida em parceria com a Coordenação Laboratorial da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (FHemoam), que é referência para análise e diagnóstico do teste, para todo o Estado do Amazonas.
“Esta atividade é importante para manter os profissionais atualizados sobre o tema e, principalmente, para reforçar o protocolo que deve ser adotado na fase de coleta das amostras para o exame, a fim de assegurar a eficiência do processo”, destacou o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim. As videoconferências também integram a programação do Programa de Educação em Saúde da Criança (Telepesc), executado pela Susam em parceria com o Polo de Telemedicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Na última terça-feira, 70 profissionais de 9 municípios (Autazes, Manacapuru, Itacoatiara, Coari, Beruri, Urucará, Envira, Barreirinha e Manicoré), participaram de uma videoconferência sobre o tema, ministrada a partir de Manaus pela Coordenação de Triagem Neonatal e Coordenação de Laboratórios da FHemoam. “Apresentamos um balanço do programa na Atenção Básica e reforçamos todas as orientações sobre os procedimentos de coleta, incluindo os prazos conforme os indicadores, que devem ser observados, armazenamento e transporte das amostras, entre outros aspectos”, disse a enfermeira Rosiane da Silva Pantoja, coordenadora estadual de Triagem Neonatal. Pela FHemoam, as orientações foram repassadas pela bioquímica-farmacêutica Líllian Wallace Moreira.
Desde o ano passado o Amazonas está credenciado e habilitado junto ao Ministério da Saúde para todas as fases do Programa Nacional de Triagem Neonatal. Desta forma, tem capacidade para realizar o teste identificando vários tipos de doenças congênitas, como a fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doenças falciformes e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.
A próxima atividade de atualização está agendada para o dia 8 de abril e vai alcançar profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde do Distrito de Saúde (Disa) Leste, da capital. Realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a atividade vai acontecer no auditório do Cemejo, no São José 2. “No ano passado realizamos esse trabalho com os profissionais dos Disas Norte, Oeste e Sul. Neste ano, além do Disa Leste, devemos alcançar as equipes do Disa Rural”, informou a coordenadora. Em setembro e outubro, voltaremos a realizar videoconferências para profissionais do interior do Estado.
O “Teste do Pezinho” é realizado em postos de coleta em todo o Estado, tanto na capital, quanto no interior. As amostras coletadas são enviadas ao laboratório de referência do Hemoam, para análise. O resultado sai em duas semanas, em média. Quando detectada alguma anormalidade, o recém-nascido é reconvocado para coletar nova amostra para exame confirmatório. Nos casos confirmados é feito o encaminhamento ao Serviço de Referência em Triagem Neonatal, que oferece atendimento multidisciplinar adequado aos pacientes.
O período preconizado pelo Ministério da Saúde para a coleta do exame é do 3º ao 5º do nascimento. “Deve-se evitar ultrapassar esse prazo, mas a orientação é que, mesmo após o período preconizado, a mãe não deixe de procurar o posto do coleta para orientação e realização do exame no bebê”, diz Rosiane. Quanto mais cedo o diagnóstico dessas anormalidades, melhor para o tratamento do bebê para evitar sequelas como distúrbios do metabolismo, retardo mental, doenças irreversíveis do sangue, entre outras detectáveis no teste do pezinho.