Teatro Manauara apresenta “5 homens e um segredo”, nos dias 11 e 12

Edwin Luisi, Roberto Pirillo, Carlos Bonow, Iran Malfitano e Claudio Andrade/Foto: Divulgação

A montagem nacional do espetáculo ‘5 homens e um segredo’ que reúne os atores Edwin Luisi, Roberto Pirillo, Carlos Bonow, Iran Malfitano e Claudio Andrade, com direção de Alexandre Reinecke entrará em cartaz no Teatro Manauara, nos dias 11 de fevereiro (sábado), às 21 horas e 12 de fevereiro (domingo), às 18 horas. Os ingressos já estão à venda pelo site www.ingresse.com e na bilheteria do teatro, localizada no Piso Buriti, do Manauara Shopping (Av. Mário Ypiranga Monteiro, 1300 – Adrianópolis).


Desde o início dos tempos uma pergunta assombra os homens: “tamanho é documento?” Para pânico geral da nação masculina, a resposta ainda parece ser sim.

Apontado como um dos principais diretores de comédias do teatro nacional, Alexandre Reinecke se uniu a um escritor também consagrado no gênero, Aloisio de Abreu, em ‘5 homens e um segredo’, uma versão brasileira de “The irish curse”, de Martin Casella. Edwin Luisi, Roberto Pirillo, Carlos Bonow, Iran Malfitano e Claudio Andrade vivem os personagens-título do espetáculo, que estreou em maio de 2016 no Rio de Janeiro, no Teatro dos Grandes Atores.

Ambientada na cidade maravilhosa de hoje, a peça é um retrato contundente de como o ser humano e a própria sociedade definem a masculinidade. Para os personagens José Carlos, Luiz Orlando, Jorge Alberto e Ricardo, o tamanho importa e muito. Não à toa, esse pequeno grupo se encontra todas as quartas à noite, no porão de uma igreja católica, em uma reunião de autoajuda para indivíduos com pênis pequeno. Esta característica em comum é o foco de suas lamentações semanais, atestando que o assunto ainda é um tabu e assombra os homens, que se sentem diminuídos em sua força e virilidade.

O grupo foi organizado por um padre e tem três frequentadores assíduos. Uma noite, porém, um novo integrante (Mário) se junta aos demais e os leva a se questionarem sobre as relações do grupo e sobre seus próprios medos e fantasmas. À medida que esses homens se abrem, segredos são revelados e vêm à tona questões sobre identidade, masculinidade, sexo, relacionamentos e status social, em uma jornada que pode redefinir suas vidas.

O tema é universal e se mantém cada vez mais atual. “Nunca havia parado para pensar em como o tamanho do pênis pode afetar a vida de um homem. Seja ele imenso ou mínimo, existe uma lacuna enorme, uma grande solidão, medo da dor da rejeição na vida daqueles homens. Além disso, os personagens são muito bem desenhados, factíveis, reais” explica Aloísio de Abreu, adaptador da versão brasileira da peça.
“Como diz no espetáculo, ‘tudo é uma questão de pau e poder’. Desde os primórdios das civilizações ditas organizadas, o homem é seu pênis e, com ele, guerreou, conquistou, matou, se desenvolveu. Ele é uma extensão do ego masculino. Não tê-lo em tamanho minimamente aceitável significa insegurança, fraqueza e decepção”, pondera o diretor Alexandre Reinecke.

Edwin Luisi, Roberto Pirillo, Carlos Bonow, Iran Malfitano e Claudio Andrade/Foto: Divulgação

A peça
“The irish curse” estreou em 2005, no New York International Fringe Festival, sendo agraciada com o Prêmio de Melhor Dramaturgia. Também foi montada em 2006, no Edinburgh Theatre Festival, e, em 2007, no Dublin Gay International Theatre Festival, sendo uma das cinco finalistas para o Oscar Wilde Best New Writing. Em 2010, a comédia entrou em cartaz no circuito Off-Broadway e já percorreu os Estados Unidos, além de ter montagens em Londrese, até mesmo, na Eslováquia.

A montagem nacional de “5 homens e um segredo” transpôs a ação para o Rio de Janeiro. “Fiz pequenas adaptações, brinquei com menções aos bairros de onde os personagens vêm e às profissões dos rapazes, mas, de resto, fui fiel ao original”, explica Aloisio.

Reinecke optou por uma encenação realista: “Essa peça pede realismo nas interpretações e nos figurinos. No cenário, juntamente com as criadoras, procuramos quebrar um pouco esse realismo extremo, de maneira simples, teatral. Que fugisse do cenário gabinete, mas que remetesse ao local em que se passa, que é uma igreja”, completa.

O espetáculo tem cenários e figurinos de Natália Lana e Marieta Spada, trilha sonora de Liliane Secco e designer de luz de Adriana Ortiz.

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