Tecnologia é ferramenta fundamental para gestão de programas de compliance

Soluções permitem otimizar processos, reduzir riscos e combater fraudes - Foto: biancoblue/Freepik

A tecnologia oferece um salto qualitativo aos programas de compliance. O mercado disponibiliza soluções que permitem otimizar processos, reduzir riscos e combater fraudes, contribuindo para que as empresas atendam o objetivo de estarem em conformidade com procedimentos, códigos de conduta e legislações vigentes. No entanto, ainda há organizações que desconhecem esses benefícios.


A quarta edição da Pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil, realizada pela KPMG, em 2019, revelou que 63% dos entrevistados não conhecem ou não aproveitam a tecnologia como apoio às iniciativas de compliance. Essa situação pode afetar diretamente os resultados dos programas, tendo em vista que há ações que estão associadas à tecnologia, enquanto outras são aprimoradas pelo uso delas.

Em vigência desde 2014, a Lei nº 12.846/2013, conhecida como Lei Anticorrupção ou Lei da Empresa Limpa, responsabiliza as organizações que cometem atos contra a administração pública. O texto estabelece parâmetros para os programas de compliance, sendo um deles a necessidade de criação de um canal de denúncias de irregularidades, que deve ser aberto e amplamente divulgado aos funcionários.

Esse tipo de ferramenta tem a tecnologia como principal aliada. Por meio de um software de compliance, é possível criar um canal web, inseri-lo no site institucional da empresa e divulgá-lo em links nas assinaturas de e-mail. A ferramenta oferece, ainda, relatórios e indicadores para que a empresa possa acompanhar e monitorar as denúncias recebidas.

Outro parâmetro estabelecido pela Lei Anticorrupção é a obrigatoriedade do comprometimento da alta direção da empresa com as políticas de compliance. A comprovação desse envolvimento pode ser facilitada através de recursos tecnológicos, como mensagens e sistemas de aprovação de documentos e diretrizes.

Há ainda soluções que conferem maior agilidade e precisão para os processos de análise de riscos, o trabalho de comunicação interna, os treinamentos da equipe e a implantação de políticas e normas de conduta.

Proteção de dados

De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), as fraudes nos ambientes digitais tornaram-se mais elaboradas graças aos avanços tecnológicos. Para combater essas ações, é necessário que as empresas também estejam dotadas de tecnologias que permitam identificar e solucionar esse tipo de problema.

A Lei Geral de Proteção de Dados (nº 13.709/2018), implantada em 2018, dispõe sobre o tratamento e a segurança de dados pessoais, inclusive nos meios digitais. A adequação a esse dispositivo legal pode ser realizada com o auxílio de um software de compliance para gerir documentos e políticas corporativas, realizar treinamentos sobre o assunto e oferecer o canal de denúncias.

Vantagens

A tecnologia pode ser aplicada em todas as etapas de um programa de compliance. Na fase de implantação, soluções de comunicação interna podem ser adotadas para informar as políticas e  normas de conduta para os funcionários.

No momento da aplicação dessas políticas, podem ser usadas ferramentas que automatizam processos, reduzem falhas, oferecem dados, métricas e auxiliam na realização de ações específicas de cada setor da empresa. A tecnologia pode ser empregada, ainda, para a realização de treinamentos.

Já na etapa de monitoramento e fiscalização, o principal recurso é a criação de um canal de denúncias para o combate às irregularidades.

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