Tefé, minha saudade! A Educação

Professora Raimunda Gil Schaeken

Professora Raimunda Gil Schaeken


A Educação foi uma grande preocupação dos saudosos Bispos: Monsenhor Miguel Alfredo Barrat e  D. Joaquim de Lange, ambos pertencentes à Congregação do Espírito Santo e, das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria.


Foram criadas escolas para meninos sob a direção dos Padres e Irmãos, e para as meninas sob a direção das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria.

Os padres Espiritanos deram oportunidades aos jovens de estudarem e educarem-se para a vida. Fundaram a “Escola Agrícola e Industrial da Boca do Tefé”, que, em poucos anos, tornou-se famosa em todo o Amazonas.

De início, os padres instalaram oficinas de sapateiro, alfaiate, serralheiro, encanador, tipógrafo, além de aprendizagem de profissões, tais como pedreiros, oleiro e outras.

Sobre o trabalho dos padres Espiritanos falamos nos textos: 3 (1º-12-2013); 4 (08-12-2013). Sobre as Franciscanas Missionárias de Maria, falamos no texto 09 (12-02-2014).

No dia l5 de junho de 1919, festa da Santíssima Trindade, Monsenhor Barrat inaugurou o Palácio Apostólico ( Sede da Prefeitura Apostólica).

No dia 19 de março de 1920, criou o Seminário Menor de Tefé (São José), com a finalidade de acolher rapazes do Alto Juruá e Tefé. O  primeiro diretor foi o Pe. Manuel de Alencar, antigo aluno da Missão, excelente músico e poeta.

Pelo Seminário de Tefé, passaram muitos rapazes, inclusive o jovem Amazonino Armando Mendes, hoje destacado líder político do estado do Amazonas que, aliás, já foi governador por dois mandatos, bem como prefeito de Manaus.

Na época, sete rapazes se tornaram sacerdotes: Pe. Manuel de Albuquerque, Pe. Cristóvão Freire de Arnaud, Pe. Meneval de Andrade, Pe. Edson Dantas de Oliveira e o Pe. Manuel de Lima Cauper. Três ex-alunos do Seminário de Tefé tornaram-se padres Diocesanos: Raimundo Trindade (Cruzeiro do Sul), Raimundo Gonçalves Lopes (Ceará) e Walter Nogueira (Coari). O padre tefeense Manuel de Lima Cauper, no decorrer de sua formação, identificou-se com o carisma da Congregação do Espírito Santo. Sua presença em Tefé, no mês de julho de 1997, foi motivo de muita alegria nos festejos dos 100 anos dos Espiritanos, ocasião em que ele celebrou o seu “Jubileu de  Ouro” ( 50 anos de sacerdócio).

Padre Cauper era dono de cultura invejável, possuidor de voz vibrante; autor da Canção de Tefé, dos Hinos de Tefé, da Escola Eduardo Ribeiro e da Escola Frei André da Costa. Foi professor de muitos padres brasileiros, no Seminário Menor da Congregação em Itaúna (MG).

 No dia 16 de janeiro de 1921, Monsenhor Barrat fundou uma escola para meninos, com a denominação de Externato São José ( Escola Paroquial), funcionando num grande salão da Prefeitura Apostólica, sob a direção do padre Alencar e do antigo aluno da Missão, Isidoro Gonçalves de Souza, com os professores: Heitor Cardoso de Santana, Elígio Lopes de Souza, Isidoro Gonçalves de Souza e muitos outros que encaminharam a juventude para o caminho do saber, tornando-os cidadãos úteis à sociedade.

De início, os alunos pagavam 5 mil réis por mês e, em 1923, passou a ser gratuita.

RAIMUNDA GIL SCHAEKEN(Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas –ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes doAmazonas – ALCEAR.)


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