Tefé, minha saudade! A Educação (Escola Frei André da Costa)

Professora Raimunda Gil Schaeken
Professora Raimunda Gil Schaeken
Professora Raimunda Gil Schaeken

A Escola Estadual Frei André da Costa (antiga Escola Normal Rural Santa Teresa) foi organizada graças aos esforços da prelazia de Tefé, na pessoa do Mons. Joaquim de Lange, depois Bispo Prelado e, do Instituto das Irmãs fmm.

Em 1948, por iniciativa da Madre Diogo José  (Ir. Maria Machado) e apoio de Mons. de Lange, foi criada a Escola Normal Rural Santa Teresa, para a formação de Professores Rurais de nível primário. A primeira diretora foi a própria Madre Diogo José e o inspetor  foi o Pe. Meneval de Andrade.


No dia 24 de novembro de 1951, realizou-se a solenidade de formatura da primeira turma, com as seguintes normalistas: Frncisca Felício da Costa, Carmosina Lopes, Elza Pessoa, Isabel Cabral, Luziele Frazão Façanha, Maria de Nazaré Mendes, Nemeses Fonseca, Salustiana Lopes, Terezinha Martins e Tolentina Neves.

A Escola se mantinha através de pequenas verbas federais, mediante convênio, a contribuição de pessoas generosas e venda dos bordados, verdadeira obra de arte, feitos no atelier, que durante muitos anos foi direcionado pela Irmã Lourdes Ribeiro e da ex-aluna Raimunda Lopes de Souza e Silva.

Hino da Escola Normal Rural Santa Teresa
(Ensinado pela Madre Diogo José)

Falange estudantil, salve Normal
Pugilo valoroso, salve Normal
Atestando do saber, salve Normal
A esplêndida vitória, salve Normal
//Como o horizonte azul
Brilha o teu ideal// (2 X)

Às vezes transportadas. Estáticas divisas
Num brilhante porvir. Entre risos e festas
E o ideal do bem. Que idealizas
Dado a ti. Pelas incansáveis mestras.

Na labuta diária. Peleja em ser forte
Impede que a inércia.
Seja o escolho a embaraçar
E o batel, que levas para o Norte
Na ânsia febril.
Do porto do saber alcançar

Juventude audaz
Que tens em tuas mãos um tesouro
Onde podes erguer. Um pedestal de ouro
Ampliando o valor. Nossa história sem igual.

No ano de 1957, a Escola Normal Rural Santa Teresa recebeu a nova denominação de Escola Normal Regional Santa Teresa, com maior aperfeiçoamento do curso existente, tendo à frente a saudosa Madre Leovigildo. Assim como fui aluna da Madre José Paulo, igualmente fui aluna da Madre Leovigildo Bamberg (Ir. Adamir). Além de dar aulas de Matemática, Educação Física, Trabalhos Manuais e Culinária, ensinava bailados e ginásticas rítmicas. Era difícil saber o que ela não sabia.

No dia 15 de fevereiro de 1963, uniram-se: Escola Normal Regional Santa Teresa e Ginásio Espírito Santo, desde então “Ginásio Normal Santa Teresa”, funcionando em sistema misto, no Colégio Santa Teresa. Era um sinal para o começo do ensino de 2º Grau, naquele tempo chamado de Curso Colegial e funcionando em convênio com a Secretaria da Educação e Cultura.

Assim os alunos da  3ª e 4ª séries do Ginásio Espírito Santo passaram a estudar no Colégio Santa Teresa.

Foi com muita alegria que as normalistas  receberam os jovens ginasianos.

A 28 de outubro de 1970, foi firmado outro convênio com a Secretaria da Educação e Cultura, pelo qual foi criado o “Colégio Estadual de Tefé”, e o prédio cedido ao Estado, ficando a administração e a orientação entregues às Irmãs fmm.

Foi no ano de 1971, que começou o ensino de 2º Ciclo com a 1ª Série do Curso Pedagógico. Em março do mesmo ano, pela Resolução nº 2064, foi criada a Unidade Educacional de Tefé.
A partir de 1972, o Colégio Estadual de Tefé passou a moldar-se dentro das normas da lei nº506922/71, adaptando-se à Reforma do Ensino e denominada oficialmente Unidade Educacional de Tefé.

Pela Resolução nº 008/80 GVG/CEPS, a escola recebeu a denominação oficial de Escola de 1º e 2º Grau de Tefé, pertencente à Unidade Educacional de Tefé.

O Colégio Estadual de Tefé foi criado pela Resolução nº 2.064, de 9 de agosto de 1971, tendo sido o seu nome mudado para Escola de 1º e 2º Grau de Tefé, pelo Decreto nº 4.870 de 24 de março de 1980.

Pelo convênio firmado em 2 de maio de 1980, a SEDUC responde pela conservação e manutenção do prédio e da remuneração do pessoal docente e administrativo.

Pelo Decreto nº 6.047, publicado no Diário Oficial de 21 de dezembro de 1981, o nome da Escola de 1º e 2º Graus de Tefé foi mudado mais uma vez, passando a chamar-se Escola de 1º e 2º Graus Frei André da Costa, em homenagem ao verdadeiro fundador de Tefé.

Em 1989, a Escola recebeu definitivamente o nome de Escola de 1º e 2º Graus Frei André da Costa.

No ano de 2000, a escola passou por uma reforma geral, ganhando laboratório de informática, auditório e climatização.

Durante muitos anos, a Escola ofereceu, além do Ensino Fundamental e do Curso Magistério, os Cursos de Contabilidade, Agropecuária  e Acadêmico, formando bons profissionais que hoje atuam em Tefé e em Manaus.

Foi marcante a atuação do padre Martinho van der Ven, que esteve à frente da referida Escola durante muitos anos; como professor do Colégio Estadual (1968); diretor do Colégio Frei André da Costa (1975 a 1985) depois de ter dedicado uma grande parte da sua vida, como excelente professor de Matemática no Ginásio Espírito Santo (1950 a 1952) e como bom organista, animador das celebrações dominicais. Ausentou-se da Escola e voltou para sua terra natal, Holanda, para desfrutar de sua merecida aposentadoria. Lá, faleceu no dia 7 de julho de 1994.

Para substituir o diretor Pe. Martinho, foi indicada a professora Renilde de Castro Queiroz Souza (1985-1991), que como ex-aluna das Irmãs fmm., fez um bom trabalho junto aos alunos e professores. Quando aposentou-se foi substituída pela professora Assunta Maria Castro de Araújo que ficou à frente da escola apenas um ano, porque foi assumir a Secretaria de Educação do Município. Em seu lugar, assumiu a professora Rossineide de Castro Queiroz que conduziu a escola com garra e competência durante os anos de 1993-1999. Ao deixar o cargo, para aguardar a sua aposentadoria foi substituída pela professora Assunta Maria Castro de Araújo que ficou no cargo até o ano 2000, quando foi nomeada diretora do Centro de Estudos Superiores de Tefé, da Universidade do Estado do Amazonas.

Deixaram naquela Escola, marcas vivas de seu trabalho muitas Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, assim como, muitos professores formados por elas.

RAIMUNDA GIL SCHAEKEN(Tefeense, professora aposentada, católica praticante,membro da Associação dos Escritores do Amazonas –ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes doAmazonas – ALCEAR.)

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