
A dança das cadeiras na administração Frederico Júnior segue a todo vapor. Se a coisa está feia o gato não vai deixar o telhado tão cedo. Dizem que o prefeito plantou uma cabeça de bode na Prefeitura, e o clima ficou insuportável.
Os problemas continuam os mesmos, porém mais agravados e não tem para onde correr. Os comentários correm soltos: troca-troca, tira e põe, entra/sai, ou seja, o prefeito perdeu o leme e o barco ficou à deriva. Resultado: é uma choradeira só!
Até à decisão judicial que suspendeu o processo de cassação do vereador Berg Branco (PR), o prefeito vinha surfando nas ondas que ele mesmo criou para fazer turbulência em torno desse fato, para o qual eu afirmei aqui neste espaço que cassação de legislador só se comprovada a falta de decoro, ou seja, daquele parlamentar que deixa de agir com decência e pudor. É o que determina o art. 55 da Constituição Federal de 1988.
Em pouco mais de 10 meses de mandato o prefeito já deu motivos suficientes para qualquer vereador entrar com pedido de impeachment. Entre as infrações político-administrativas para sujeitá-lo a pena de cassação estão a invasão da Câmara por ele mesmo acompanhado de seus patrulheiros; o de impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar dos arquivos da Prefeitura; ausentar-se do município, por tempo superior ao permitido em lei, ou afastar-se da Prefeitura, sem autorização da Câmara de Vereadores; e proceder de modo incompatível com a dignidade ou o decoro do cargo (como no caso do areal é irrefutável).
A decisão judicial que deixou Berg livre deixou o prefeito com a puga atrás da orelha, mas ele prometeu que vai encontrar uma “brecha para acertar o vereador”. Comenta-se que o prefeito dorme e acorda pensando no vereador, e já disse que vai judicializar o mandato do parlamentar durante o ano eleitoral, para facilitar sua caminhada rumo à reeleição.
Estou por acreditar em reeleição de prefeito em Novo Airão.
*Garcia Neto é jornalista e professor