
Após dois anos de ações federais coordenadas na Terra Indígena Yanomami (TIY), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) zerou os alertas de desmatamento no final de 2024, reduzindo-os em mais de 90% desde 2022.
Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, a fiscalização constante garantiu efeitos duradouros ao combater tanto garimpos consolidados quanto áreas recém-abertas. Em 2023 e 2024, das 3.536 ações federais na TIY, 633 foram operações do Ibama, gerando R$ 69,1 milhões em multas e a apreensão de equipamentos, veículos e suprimentos, além de 566 hectares embargados.
Os resultados vieram da ocupação efetiva da TIY, do bloqueio de rotas logísticas e da fiscalização de garimpos e pistas clandestinas.
Impactos do garimpo na TIY
A TIY, com 192 mil km² entre Roraima e Amazonas, enfrenta graves danos ambientais e sociais devido ao garimpo ilegal: desmatamento, contaminação por mercúrio, pesca irregular e disseminação de doenças como malária.
Ações integradas
Em janeiro de 2023, a emergência de saúde pública declarada pelo governo Lula impulsionou iniciativas para combater o garimpo e melhorar a qualidade de vida dos Yanomami. Com 33 órgãos coordenados pela Casa Civil, as ações reduziram 91% dos garimpos consolidados e entregaram mais de 114 mil cestas de alimentos, diminuindo em 68% as mortes por desnutrição
Fonte: Ibama