
Um terremoto de magnitude 7,4 atingiu a Nova Zelândia, hoje, domingo (13), de acordo com a agência USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos).
De acordo com a agência Reuters, o terremoto aconteceu a 91 quilômetros ao nordeste da cidade de Christchurch, às 09h00 no horário de Brasília. Até agora, não há relatos sobre vítimas ou danos.
A Defesa Civil da Nova Zelândia emitiu um alerta de tsunami, aconselhando moradores na costa leste de South Island a buscar abrigo em áreas mais altas.

“A casa inteira sacudiu como se fosse uma cobra, alguns objetos espatifaram-se no chão e a eletricidade foi cortada”, disse uma moradora de Takaka, em South Island, em entrevista a uma rádio local. O terremoto foi sentido em boa parte do país.
Outros casos no país
Em fevereiro deste ano, um terremoto de 5,8 graus na escala Richter atingiu a Ilha Sul da Nova Zelândia, sem que haja registro de vítimas ou danos materiais.
O epicentro situou-se a 17 quilômetros da cidade de Christchurch, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, que mede a atividade sísmica em todo o mundo e que indicou que o abalo não motivou uma emissão de alerta de tsunami.
A Ilha Sul sofreu um terremoto devastador em 2011, de intensidade 6,3, que causou a morte de cerca de 200 pessoas.
Como acontece um terremoto
Os terremotos são formados a partir de fortes deslocamentos de placas gigantescas debaixo da terra. Quando isso ocorre, a energia que estava acumulada no local é liberada sob forma de ondas elásticas. Elas se espalham em todas as direções, fazendo a terra tremer.
Cerca de 90% dos tremores ocorrem ao longo das linhas de colisão entre as placas tectônicas, que passam por vários países.
A linha de colisão entre as placas dos oceanos Atlântico e Pacífico percorre toda a costa oeste das Américas do Norte, Central e Sul.
Portanto, os países que ficam ao longo dessas falhas, como Estados Unidos, México, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Peru e Chile, têm recebido ao longo dos anos os mais devastadores terremotos de que se tem registro no continente americano.
Brasil, Argentina, Uruguai e a costa leste dos EUA dificilmente têm terremotos justamente porque estão localizados no meio da placa do Atlântico, cuja borda leste está enterrada no meio do oceano.
Nos últimos meses, a Itália tem sofrido uma sequência ininterrupta de terremotos, que tem devastado o país.
A atividade sísmica na região mediterrânea é resultado do grande atrito entre as placas tectônicas da África e da Eurásia. Mas há mais detalhes a serem levados em conta no terremoto da madrugada desta terça-feira.
O Mar Tirreno, no oeste da Itália, entre o continente e as ilhas da Sardenha/Córsega, está se abrindo aos poucos, cerca de 2 cm por ano.
Cientistas dizem que isso vem contribuindo para o “racha” ao longo dos Apeninos. Segundo alguns especialistas, essa pressão é agravada pelo movimento da crosta terrestre no leste, no Mar Adriático, que estaria se movendo para debaixo da Itália.
Apesar de ser mais suscetível a terremotos, a Itália não sofria um tremor de grande intensidade havia quatro anos.(iG)