

Os desembargadores decidiram, durante reunião do Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), realizada na manhã de hoje, terça (07), decidiram remeter à primeira instância, os processo da “Operação Estocolomo”, que desbaratou um esquema de exploração sexual infantil envolvendo políticos e empresários.
A decisão foi votada por unanimidade, pelos membros da corte que acompanharam o voto do relator, o desembargador Rafael Romano, que já havia decidido que o processo da “Operação Estocolmo” tinha que ser julgado em primeiro grau, isto porque dois réus, o ex-prefeito de Coari, Adail Pinheiro, e o ex-deputado estadual Fausto Souza, haviam perdido o foro privilegiado.
No entendido de Rafael Romano e dos demais desembargadores do TJAM não faz mais sentido o processo da “Operação Estocolmo”, apesar de já estar praticamente concluído e pronto para ser julgado, continuar sendo julgado em segunda instância. Isto porque tanto Adail Pinheiro e Fausto Souza haviam perdido o foro privilegiado.
O Ministério Público Estadual (MPE) até deu parecer favorável para que Rafael Romano continuasse a frente do processo e que o caso sendo julgado em segundo grau, mas prevaleceu a vontade da maioria dos desembargadores.
A “Operação Estocolmo” foi deflagrada em 2012 pela Polícia Civil e desbaratou uma rede de exploração sexual infantil que envolvia 27 acusados de exploração sexual infantil. Entre os denunciados estavam políticos e empresários e pessoas conhecidas que aliciavam e exploravam sexualmente crianças e adolescentes. O caso repercutiu em nível nacional e internacional após ser denunciado em programas de televisão como o “Fantástico” da Rede Globo.