
O pedido de prisão preventiva do prefeito de Coari, Adail Pinheiro, será analisado na sessão do pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) da próxima terça-feira (11).
Além de Adail Pinheiro, o procurador-geral de Justiça, Francisco Cruz, pediu na manhã de hoje (07), a prisão preventiva de outras seis pessoas, entre secretários, assessores e pais de crianças que teriam sido coniventes com a rede de exploração sexual montada pelo prefeito, em Coari.
O pedido de prisão foi feito com base nas novas informações colhidas pelo chefe do Centro de Apoio e Combate ao Crime Organizado (CAO-Crimo), promotor Fábio Monteiro, que esteve em Coari para apurar novas denúncias,.
Fábio Monteiro ouviu, em Manaus e em Coari, garotas que relatam terem sido vítimas de exploração sexual praticadas pelo prefeito, seus secretários e pessoas ligadas a ele.
Entre as pessoas ouvidas estão cinco novas vítimas que confirmaram os abusos sexuais e que disseram terem sido pressionadas e ameaçadas para desmentirem o que haviam dito.
Adail já é alvo de uma ação penal por favorecimento à prostituição, resultado de uma denúncia do Ministério Público apresentada na Comarca de Coari em 2009, baseada em informações da operação Vorax, realizada pela Polícia Federal em 2008.
A ação tramita em segredo de Justiça por envolver menores. O processo tramitava na Comarca de Coari e foi enviado ao TJAM apenas em maio do ano passado, três anos após a apresentação da denúncia porque Adail, ao ser eleito prefeito de Coari pela terceira vez, passou a dispor de foro privilegiado e só pode ser julgado no pleno do TJAM.