O atleta se mostrou emocionado com a recepção que recebeu da torcida na sua chegada ao Rio de Janeiro nesta sexta. Alguns torcedores estiveram no aeroporto Santos Dumont, no centro, e lhe deram apoio.
– Primeira emoção que tive foi no aeroporto quando alguns sócios-torcedores estavam me esperando e senti como vai ser essa minha passagem no Flamengo. Ouvi o hino na chegada aqui e no fim tem a estátua do maior ídolo (Zico). Não sei se chegarei ao porte dele, mas espero me tornar um ídolo – afirmou.
Marcelo chega ao Flamengo por meio de um grupo de investidores, que comprou seus direitos ao Atlético-PR. Na articulação entre o Flamengo e a Doyen Sports, cujo representante na América Latina é o empresário Renato Duprat, ficou acordado que o clube pagará cinco milhões de euros (aproximadamente R$ 16,5 milhões) por 50% dos direitos sobre Cirino, ao fim de um contrato de três anos. Caso o jogador seja negociado antes disso, o clube ficará com 20% do valor e a Doyen com 80%. O departamento jurídico do Flamengo analisou os mecanismos mais seguros diante das novas regras da Fifa que começaram a valer nesta quinta.
De janeiro a abril, novos contratos com a participação de terceiros como investidores ainda poderão ser assinados, mas com duração máxima de um ano. A partir de maio, não será mais permitida a participação de terceiros em direitos sobre atletas. Ou seja, caso a documentação não tivesse sido assinada, a transação só poderia ter validade de um ano, o que provavelmente inviabilizaria o negócio.
O Flamengo se reapresenta na próxima segunda-feira para iniciar a preparação visando a temporada 2015. O time viaja para Atibaia, interior de São Paulo, onde iniciará os trabalhos. O clube ainda tem agendado um torneio contra Vasco e São Paulo, em Manaus, e um amistoso contra o Shakhtar Donetsk, em Brasília.
Confira a entrevista coletiva completa:
Primeiras palavras
– Quero agradecer a Deus por tudo, por me dar a chance de desfrutar deste momento. Agradecer ao sócio-torcedor, a minha família, minha empresária, minha noiva.. É um prazer enorme vestir essa camisa. Quando soube do interesse do Flamengo, fiquei feliz e disse para meus empresários fazerem de tudo. É um clube onde todo jogador que pensa grande quer jogar. Comigo não é diferente. O torcedor pode ficar tranquilo que farei melhor do que fiz no Atlético-PR para honrar essa camisa.
Opção pelo Flamengo
– Tive propostas de outros times, mas ficou na conversa, não teve um que tenha feito uma proposta mesmo, só o Corinthians no ano passado. O Flamengo fez um esforço grande e estou feliz por ter aceitado. Fiz a escolha certa.
Foto com estátua do Zico
– Minha primeira emoção foi no aeroporto. Quando cheguei, tinha alguns sócios me esperando e vi como seria esse tempo no Flamengo. Vi o hino na escada, a estátua do maior ídolo, e poder vestir a camisa que ele vestiu não tem explicação. Estou muito feliz. Não sei se chegarei ao porte dele, mas quero ser ídolo e muito feliz.
Estreia
– Fisicamente não estou 100% por estar há quase 30 dias parado, mas fiz atividades. Já soube do clássico com o Vasco e se o professor me escolher para jogar, estarei à disposição.
Concorrência no ataque
– Acompanho o Flamengo há muito tempo, mas depois que perdi a final da Copa do Brasil meus olhos passaram a ser outros. Vi aquela torcida maravilhosa e não sabia que um dia vestiria essa camisa. O professor Luxemburgo está feliz com todas as opções e vou trabalhar para conquistar o meu espaço.
Reencontro com o Everton
– Ainda não tive contato com ele, mas a dupla deu certo no ano de 2013. Sem dúvidas, espero que no Flamengo seja ainda melhor.
Relação com o Flamengo
– Tenho familiares e amigos flamenguistas e que ficaram muito felizes. Meu maior desafio aqui é pelo investimento que foi feito, mas sou capaz de deixar a desconfiança de lado e mostrar que sou jogador de time grande. Estou preparado para vestir a camisa do Flamengo.
Estilo de jogo
– Meu estilo de jogo é de jogador que se dedica o tempo inteiro, que não para. Tenho muita velocidade, muita entrega. Agora, no Flamengo, vou me entregar cada vez mais. Sou um jogador mais de beiradas. No último ano, com o Claudinei, treinei e joguei bastante como 9 também. Não é a posição que estou acostumado e prefiro, mas se precisar estou acostumado. Não sou aquele 9, que fica mais centralizado, perto do gol. Sou um cara que se entrega, ajuda na marcação e na criação de jogadas. Meu ponto mais forte é a assistência.
Pressão
– Apesar do investimento, não me considero o jogador mais importante do grupo. O Flamengo tem um time forte. O professor vai ter 30 jogadores importantes para a temporada.