O torcedor corintiano Rogério Lemes Coelho foi detido por policiais militares durante a partida entre Corinthians e Palmeiras na noite de domingo (4), em São Paulo, após se manifestar contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
O torcedor relatou em sua página no Facebook que foi “preso e humilhado” quando “estava expondo” sua opinião contra o atual governo durante o jogo que ocorreu na Arena Corinthians, na Zona Leste da capital paulista.
“Gente boa do meu Brasil, hoje entrei na Arena Corinthians expondo minha opinião contra o atual governo e olha o que aconteceu! Fui preso! Humilhado! Algemado!”, escreveu Rogério Coelho no Facebook.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, “a conduta foi adotada para preservar a integridade física do torcedor, que proferia palavras contra o presidente da República, o que causou animosidade com outros torcedores, com potencial de gerar tumulto e violência generalizada”.A SSP disse ainda “que todas as polícias de São Paulo são instrumentos do Estado Democrático de Direito e não pautam suas ações por orientações políticas” (veja nota completa abaixo).
O torcedor foi detido por PMs do 2º Batalhão de Polícia de Choque, responsável pela segurança em estádios, e levado ao posto do Juizado Especial Criminal (Jecrim) onde foi registrado um boletim de ocorrência “não criminal” na noite de domingo.
Segundo o relatado no boletim de ocorrência, Coelho estava no setor de cadeiras do estádio quando “expressou sua opinião política gritando palavras contra o atual presidente, Jair Messias Bolsonaro”.
O torcedor publicou uma cópia do boletim de ocorrência no Facebook e fotos de seus pulsos vermelhos, afirmando que foi algemado ao ser conduzido pelos policiais à delegacia.
Veja a íntegra da nota da Secretaria de Segurança Pública sobre o caso:
“A SSP esclarece que todas as polícias de São Paulo são instrumentos do Estado Democrático de Direito e não pautam suas ações por orientações políticas. Entre as atribuições da Polícia Militar estão: proteger as pessoas, fazer cumprir as leis, combater o crime e preservar a ordem pública. No caso em questão, a conduta foi adotada para preservar a integridade física do torcedor, que proferia palavras contra o presidente da República, o que causou animosidade com outros torcedores, com potencial de gerar tumulto e violência generalizada. A pasta informa que não houve prisão, mas a condução dele por policiais militares ao posto do Juizado Especial Criminal (Jecrim), instalado dentro da Arena Corinthians, onde foi registrado boletim de ocorrência não criminal e depois liberado para voltar a assistir à partida de futebol.”
Fonte: G1