Trabalhadores e sindicalistas não vão mais aceitar ataques à ZFM, afirma a CUT-AM

Bolsonaro tem mostrado interesse em por um fim no modelo instalado pelo Exército - foto: Mundo Educação

Cresce a insatisfação de trabalhadores, sindicatos e entidades de classes filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT-AM), aos insultos feitos pelo presidente Jair Bolsonaro à Zona Franca de Manaus (ZFM).


De acordo com o presidente da CUT-AM, Valdemir Santana, os ataques insanos de Jair Bolsonaro ao modelo de sustentação econômica da Região Norte do País, só mostra o desinteresse que ele tem, tanto pelas famílias que dependem do emprego, quanto pelas indústrias instaladas no setor industrial do Amazonas.

“Nós, os amazonenses, não aceitamos esse tipo de ameaça. Esse governo, em 2 anos só desempregou trabalhadores do Polo Industrial de Manaus (PIM), principalmente no Polo de Duas Rodas. Ele insiste em criar medidas para importação de bicicletas e virando as costas para as que estão produzindo aqui no Estado”, lamentou Santana.

O sindicalista também criticou a criação de medidas para a entrada de produtos eletroeletrônicos no Brasil, sempre com o objetivo de enfraquecer a ZFM e o setor que mais gera empregos.

Sustentando a insatisfação dos trabalhadores, Valdemir Santana, fala para Bolsonaro respeitar os amazonenses. “Ele disse que não tem medo de nada e isso não nos interessa, mas não ameace os trabalhadores porque não vamos aceitar”, sustentou ele.

O presidente da CUT, Valdemir Santana, diz que trabalhadores e sindicatos não tem mais paciência com os ataques gratuitos à ZFM – foto: divulgação/Sindimetal

Empresário e políticos

Uma das preocupações da CUT no Amazonas é que tanto políticos, quanto empresários que até se dizem prejudicados, não falam nada sobre “esse senhor”. Ao contrário dos Sindicatos filiados à CUT, que sempre se posicionaram a favor dos amazonenses e dos brasileiros que vivem e trabalham no Estado.

Bolsonaro na contramão

O presidente da república bate no peito para dizer que é um militar, que o ‘seu Exército’ está aí para devolver o progresso ao País, mas na contramão da história, tenta esvaziar a Zona Franca de Manaus, que foi instalada exatamente durante o regime militar.

A Zona Franca de Manaus é uma área industrial criada pelo governo brasileiro na região amazônica com o objetivo de atrair fábricas para uma região pouco povoada no país e promover uma maior integração territorial na Região Norte.

O Distrito Industrial do Amazonas, em 1970, no auge da ditadura militar – foto: arquivo/recorte

Legalmente, a Zona Franca de Manaus foi instituída em 1957, durante o Governo de Juscelino Kubitschek (JK), pela Lei nº 3.173. No entanto, a sua implantação ocorreu durante o período da ditadura militar, que via com bons olhos a ocupação territorial da Amazônia para garantir a soberania nacional.

O lema dos militares da ditadura era: “integrar para não entregar”. No entanto, na contramão da história, o Bolsonaro está fazendo exatamente o contrário: “entregar para desintegrar a ZFM”.

Originalmente, a duração desses incentivos estava prevista até o ano de 1997, mas nos governos do Partido dos Trabalhadores, foi prorrogada para 2013 e depois, novamente, para 2023.

No ano de 2014, no governo Dilma, no entanto, aprovou um projeto de maior prorrogação, com o término dos incentivos previsto para o ano de 2073.

 

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