Tribunal da Venezuela decreta prisão de Leopoldo López

López está na Embaixada da Espanha em Caracas - Foto: Divulgação

CARACAS — O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela ordenou nesta quinta-feira a prisão do líder opositor Leopoldo López , que se refugiou na embaixada da Espanha em Caracas após ter conseguido sair da prisão domiciliar com a ajuda de membros do serviço de inteligência. O tribunal decidiu revogar a medida de prisão domiciliar por “violação flagrante” e ordenou que o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) o prenda imediatamente. O opositor já cumpriu cinco anos de sua sentença, de quase 13 anos de reclusão.


López deixou na terça-feira a prisão domiciliar em circunstâncias ainda nebulosas, auxiliado por agentes do Sebin, e, horas depois de umatentativa frustrada da oposição venezuelana de depor Nicolás Maduro , se refugiou na embaixada do Chile em Caracas, junto com a mulher, Lilian Tintori, e os filhos, seguindo depois para a representação diplomática da Espanha.

Na quarta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o general Gustavo González López voltaria a assumir a direção do Sebin, no lugar do general Manuel Ricardo Cristopher Figuera, acusado por um membro da Assembleia Constituinte (composta por simpatizantes do regime) de estar envolvido na libertação de López.

López está na Embaixada da Espanha em Caracas – Foto: Divulgação

Casa invandida

Na manhã desta quinta-feira, a mulher do opositor, Lilian Tintori, denunciou que a casa do casal em Caracas foi invadida e roubada. A invasão ocorreu na noite de terça-feira, quando nem o casal nem seus filhos estavam na residência, segundo Tintori.

“Entraram em nossa casa, como delinquentes, sem ordem de busca e sem a nossa presença. Destruíram a casa e roubaram nossas coisas”, escreveu ela, no Twitter.

López cumpria uma pena de quase 13 anos de reclusão em regime de prisão domiciliar, depois de ser acusado em 2014 de tentar depor o governo de forma violenta. Ele liderava o setor mais duro da oposição, que na época se encontrava dividida entre a via eleitoral e a via insurrecional para a deposição de Nicolás Maduro, herdeiro de Hugo Chávez.

Economista com mestrado em Harvard que completou 48 anos nesta segunda-feira, López foi o principal promotor da estratégia conhecida como “La Salida”, que tentou derrubar Maduro por meio da pressão das ruas logo após a morte de Chávez, em 2013. Entre fevereiro e maio de 2014, os protestos deixaram 43 mortos. López foi condenado em 2015 sob as acusações de promover a perturbação da ordem pública, danos à propriedade, incêndio e associação criminosa.

Fonte: O Globo

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