Trio do Wrestling do AM embarca para intercâmbio nos EUA

Fotos: Antonio Lima/Sejel

Em busca de aperfeiçoamento, os atletas Rita de Cássia, Brenda Ariane, e Matheus Fernandes embarcam para a Califórnia, nos Estados Unidos, neste domingo, dia 2, para realizar um intercâmbio de quatro a seis meses. Lá, os jovens, que são destaques na Luta Olímpica, pretendem elevar o nível pela modalidade, mirando os principais circuitos internacionais, incluindo as Olimpíadas 2020, em Tokyo. Para a ação, o trio conta com o apoio do Governo do Amazonas, via Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).


Nome conhecido dos tatames e do pódio, a faixa preta de judô Rita de Cássia é um das mais novas quando o assunto é Wrestling, somando um ano e meio no esporte. Mesmo assim, ela demostra que tem um futuro brilhante. Tanto é que pelo Brasileiro da modalidade, em março deste ano, ela foi terceira colocada pela categoria 48Kg. O foco, agora, é dar um ‘up’ na carreira, e para isso ela se preparara para ficar longe de casa, da faculdade de Educação Física e dos pais, dona Raimunda e seu Eduardo.

Fotos: Antonio Lima/Sejel

“Esse vai ser meu primeiro intercâmbio pela Luta Olímpica e sempre que eu entro num esporte é de cabeça, então eu acho super importante treinar com os melhores, pois é lá nos Estados Unidos que estão os melhores lutadores. A gente ainda está se programando para ficar entre quatro e seis meses e tudo vai depender da nossa adaptação. O nosso pensamento será todo voltado para obter o melhor desempenho nos Jogos Pan-Americanos, Sul-Americanos, Mundial, e de alguma forma eu tenho pouco tempo para evoluir. Ou seja, vou ter que me superar”, disse Ritinha.

Campeonato de Judô – A jovem de 21 anos ainda explica que apesar do foco ser a luta originária da Grécia, vai aproveitar a temporada nos Estados Unidos para também disputar um campeonato de Judô, o US Open, o qual é tricampeã. Convocada para a competição, ela não vai desperdiçar a chance de conquistar mais um título internacional consecutivo para a carreira.

Fotos: Antonio Lima/Sejel

“Os primeiros vinte dias que vou passar nos Estados Unidos será para o Judô, justamente focando no US Open, pois como fui três vezes campeã, tenho tudo pago pelo evento, inclusive a inscrição. Irei receber treinamento, terei a Rússia, a França, e tenho que aproveitar este momento tambem. A competição acontece dia 24 de julho em Miami e depois sigo para a Califórnia. Para a viagem, meus pais estão me apoiando muito, principalmente meu pai Eduardo, pois eles sabem que eu não quero ser mais uma na luta, quero ser destaque”, disse.

Aulas com técnico dos lutadores do UFC – Nos EUA, os atletas frequentarão o Clube ‘Churchboyz Wrestling’, que em português significa ‘Meninos da Igreja que Lutam’, e terão aulas com o renomado mestre Jacob Harman, técnico dos contratados do UFC, Rafael dos Anjos, Werdum, Lyoto Machida, Maurício Shogun, professor do campeão All American, Morgan McIntosh, entre outros títulos. Lá, os amazonense irão alugar uma casa e dividir o espaço. A ideia é que após estruturados, eles tambem comecem a trabalhar, bem como realizem aulas de inglês.

“A gente está tentando esquematizar tudo nos mínimos detalhes, mas só vamos saber realmente como é quando chegar lá. Mesmo assim, isso não é algo que me assusta, pois vou lá para aprender e já tenho experiência em morar sem meus pais, pois desde os 16 anos vivo sozinho e sei me virar bem. Devemos sair de lá somente para disputar alguma competição importante e retornamos, como é o caso do Campeonato Sul-Americano, em novembro, que acontece na Venezuela”, contou Matheus Fernandes, de 21 anos, campeão brasileiro dos 74Kg, pela Sênior.

Currículo de destaque – Com experiência quando o assunto é morar fora do País, Brenda Ariane já tem carimbado no passaporte intercâmbios pela Argentina (2014), Paris (2015) e Suécia (2015). A seis vezes campeã brasileira é um dos principais nomes da modalidade no Amazonas, mesmo assim espera poder crescer ainda mais na modalidade. A jovem de 22 anos iniciou aos 10 no Wrestling e, desde lá, coleciona no currículo vitórias como o Sul-Americano, na Colômbia em 2015.

“Eu fazia Jiu-Jítsu e para melhorar na Arte Suave entrei na Luta Olímpica. A partir daí, eu gostei do esporte, tive bons resultados, como o Amazonense e o Brasileiro, e não parei mais. Eu já fui para outros países fazer intercâmbio, mas o máximo que fiquei foram dois meses, essa é a primeira vez que ficarei vários meses, e vou aproveitar todos esses treinos diferentes, todas as técnicas. Quero evoluir, saber mais, vencer mais, me tornar realmente uma atleta de peso”, comentou Brenda, que nos Estados Unidos vai encontrar com o marido, Robson Feitosa, que há três meses mora na Terra do Tio Sam por conta do Jiu-Jítsu.

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