
Na denúncia apresentada hoje, sexta-feira (02), contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que a saída de Osmar Serraglio do Ministério da Justiça, ocorreu devido à “pressão de Aécio e outros investigados”. O tucano foi acusado de corrupção passiva e obstrução de Justiça. (Leia a íntegra da denúncia)
Janot cita dois diálogos do tucano, um deles com Joesley Batista, dono da JBS, e outro com o senador José Serra (PSDB-SP) para mostrar que ele estaria “incomodado” e “insatisfeito” com Serraglio, pelo ministro não interferir na Polícia Federal (PF), em uma tentativa de atrapalhar a Operação Lava-jato.

O procurador-geral acrescenta que, após a deflagração da Operação Patmos, no dia 18 de maio, que mirou, entre outros, no tucano e no presidente Michel Temer, “a pressão do senador Aécio Neves e outros investigados intensificou-se, e Osmar Serraglio foi efetivamente substituído no Ministério da Justiça”.
A saída de Serraglio foi anunciada no último domingo. Seu substituto foi Torquato Jardim, que até então estava no Ministério da Transparência. Após tomar posse, o novo ministro não garantiu a permanência do diretor-geral da PF, Leandro Daiello, mas garantiu a continuidade da Lava-Jato.
Ao deixar o ministério, Serraglio afirmou, em carta, que Temer sofreu pressões de “tropêgos estrategistas” para retirá-lo do cargo
“Não posso concluir esta quadra de minha história sem agradecer ao presidente Michel Temer, pela confiança que em mim depositou e porque sei das pressões que sofreu de trôpegos estrategistas”, escreveu.(G1/O Globo)