Trump, nova configuração de Hitler? – Por Osíris Silva

Economista Osíris Silva (AM)

Alguma diferença no discurso do 45o. Presidente dos USA durante sua posse hoje para as bravatas e gabolices de Adolf Hitler?
Quase nenhuma.


Ambos ultranacionalistas e radicais, eleitos democraticamente pelo voto popular, demagogos ao extremo, populistas de visão limitada ao ângulo do umbigo, desprezo pelos vizinhos e aliados, crentes de que o mundo se iniciou com eles.

Economista Osíris Silva (AM)

Nada há entre o céu e a terra que não configurem interesses americanos, deles, do Norte. Ao que presume Trump, como imaginou o nazista, o resto do mundo é constituído apenas de vassalos servidores da supremacia branca e loira, projetadas por tutatis para dominar todo o resto da humanidade.

O mundo hoje tremeu nas bases receoso de que o nazi-fascismo esteja renascendo. Logo na terra do Uncle Sam, onde a democracia floresceu com mais abrangência, profundidade e vigor.

A respeito, a Folha de S. Paulo, em sua edição deste sábado, 21, cravou: “Deutschland über alles” (a Alemanha acima de tudo) era a música de fundo do nazismo. É assustador que, 65 anos depois que a Alemanha retirou a estrofe de seu hino nacional, o presidente de uma nação ainda mais poderosa do que qualquer outra reponha esse grito de guerra do nacionalismo”.

Antidemocratas desconhecem os valores essenciais da democracia. Contudo, cá entre nós, há ou já existiu regime mais representativo e integrado à sociedade do que o democrata?

a) Em que todos os ex-presidentes vivos são convidados de honra para a posse de um novo mandatário, não importando sua origem partidária;
b) Em que o presidente entrante, por mais truculento e limitado em seu discurso, dispensa ao presidente que sai a máxima cortesia, a ponto de sair à rua acompanhando-o até ao helicóptero que o conduzirá ao seu novo destino?

c) A mesma gentileza sendo dispensada ao vice e sua esposa que sai, pelo que assume, também em companhia da mulher?.
d) Em que o presidente jura perante a Suprema Corte cumprir a Constituição, protegê-la de inimigos internos e externos, e fazer disso compromisso de honra, e cumpri-lo?

e) Em que circunstâncias situação e oposições convivem cavalharescamente num momento de inteiro congraçamento durante a solenidade magna da vida do país?

Não fosse a ganância, a inveja, a maldade humana, a ânsia desmedida de poder, certamente tudo neste vale de lágrimas seria bem diferente, aqui, ali e em toda parte.

Como diz o sambista Dudu Nobre na canção: Liberdade!, Liberdade!

Abre as asas sobre nós, E que a voz da igualdade, Seja sempre a nossa voz…(Osíris Silva é Economista, Consultor de Empresas e Escritor – [email protected])

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